Sonya Yoncheva encanta Berlim na pele de Medeia

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Sonya Yoncheva intepreta o quinquagésimo papel da sua carreira, desta vez, na pele de Medeia, a heroína trágica da ópera de Luigi Cherubini.

Sonya Yoncheva intepreta o quinquagésimo papel da sua carreira, desta vez, na pele de Medeia, a heroína trágica da ópera de Luigi Cherubini de 1797.

A obra é executada pela Ópera Estatal de Berlim, sob a batuta de Daniel Barenboim.

"É um ser humano que sofre de forma explosiva e, ao mesmo, tempo, acho que ela é extremamente inteligente e completamente irresistível", relatou a soprano búlgara.

"É uma partitura revolucionária. Há momentos em que ficamos convencidos de que, sem esta obra, Beethoven nunca poderia ter composto 'Fidelio'. Até certo ponto, é uma obra que aponta para o futuro. Há também momentos em que soa como Berlioz, tem um som do século XIX", disse Daniel Barenboim.

Escrita depois da revolução francesa, a ópera lítica italiana baseia-se na tragédia grega de Eurípides. Ao ser repudiada e abandonada, Medeia mata os filhos para se vingar do marido.

Elsa Dreisig veste a pele de Dircé.

"A Dircé é uma mulher dividida. Por um lado, odeia Medeia que representa a sua desgraça. Medeia é maldita mas representa também uma mulher livre", explicou a soprano soprano franco-dinamarquesa.

"O terceiro ato é um momento poderoso. Mostra a destruição provocada por Medeia, o sentimento de perda total de controlo, mas ao mesmo tempo vemos o poder dela. Penso que ela está numa espécie de transe mas é um transe consciente" sublinhou Sonya Yoncheva.

"O que me atrai nesta ópera é a forma enigmática da escrita musical. Esta obra nunca é previsível. É por isso que a adoro. Levei algum tempo para integrá-la porque é uma música imprevisível. Nunca segue a direção esperada", acrescentou a soprano búlgara.

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