Este ano, o maestro Christian Thielemann dirigiu, pela primeira vez, o concerto do ano novo, na capital austríaca.
Para um maestro, é uma honra dirigir a Orquestra Filarmónica de Viena, no concerto do ano novo, na capital austríaca, uma tradição que se repete há 79 anos.
Para assistir ao evento é preciso convite, mas o espetáculo pode ser visto na televisão em mais de 90 países. Este ano, o maestro Christian Thielemann dirigiu, pela primeira vez, o concerto do ano novo na capital austríaca.
"É um ambiente maravilhoso. Tenho de admitir que aprendo sempre muito com o que a orquestra nos dá. Esta orquestra, em particular, oferece-nos uma música inata, que é incomparável, o que dá muitas ideias porque consigo criar nuances a partir da forma como tocam", contou o maestro Christian Thielemann.
"O programa deste ano começa com uma elegante marcha austríaca. Em geral, as marchas são difíceis porque podem degenerar facilmente. Mas isso não acontece com esta orquestra. O programa inclui uma dança associada a fadas ou elfos, o que dá ao espetáculo diferentes cores sonoras. Depois a música torna-se robusta. A valsa 'Quadros do mar do norte' soa como uma tempestade", sublinhou o maestro alemão.
O presidente da Orquestra Filarmónica de Viena, Daniel Froschauer, elogia o trabalho feito este ano em torna da obra "A Bailarina" de Josef Strauss, tocada pela primeira vez, no Concerto do Ano Novo, em Viena.
"A orquestra expressa-se numa linguagem musical muito própria, de uma forma muito bela que agrada ao público. Na obra "A bailarina' podemos ouvir as pontas a moverem-se", disse Daniel Froschauer.
O "Danúbio azul" é um dos clássicos incontornáveis do evento, uma obra que não precisa de apresentações. "Não admira que Johannes Brahms tenha escrito uma dedicatória a Johann Strauss onde dizia que infelizmente não tinha sido ele a compor as primeiras notas do Danúbio azul. Uma frase que diz tudo", resumiu Daniel Froschauer.