O Dia D - o do desembarque dos Aliados na Normandia durante a Segunda Guerra Mundial - ficou eternizado pela lente de George Stevens, escolhido pelo general Dwight Eisenhower para liderar a equipa que captaria, para a posteridade, o fim deste trágico episódio da história mundial.
Hoje, os "milagres" da tecnologia permitiram transformar as imagens filmadas a preto-e-branco em cor. A cor dá vida à tela mas não esconde a dureza do momento:
"Ninguém previu o que eles iam encontrar, a visão angustiante desses prisioneiros, das doenças, como o Tifo, e os corpos empilhados como lenha.
Como chefe desta unidade, o meu pai percebeu que as coisas tinham mudado e, em vez de se limitar a registar os acontecimentos, foi recolhendo provas", explica o filho do realizador, também ele cineasta, George Stevens Jr..
No momento em que Europa, EUA, e outros países pelo mundo se preparam para celebrar o 75º aniversário do Dia D, o filho do realizador fala da importância da coligação que levou à vitória e das conquistas feitas:
"Penso que a aliança, a aliança europeia, é forte. Está um pouco dividida neste momento, mas acho que os interesses e propósitos comuns nos manterão juntos porque o pós Segunda Guerra Mundial foi uma conquista extraordinária e eu acho que isso nos ajudará no futuro", acrescenta o também produtor e escritor americano.
Depois da guerra, George Stevens, o pai, seguiu uma bem-sucedida carreira de cineasta, em Hollywood. Entre os filmes que ficam para a história está "Um Lugar ao Sol", com Montgomery Clift e Elizabeth Taylor, vencedor de seis Óscares, entre eles o de melhor realizador.