Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Moda pouco amiga do ambiente

Moda pouco amiga do ambiente
Direitos de autor 
De euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhar Comentários
Partilhar Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Link copiado!

Entre 2000 e 2015, a produção mundial de vestuário quase duplicou para mais de 100 mil milhões de toneladas. A maior parte da produção têxtil encontra-se, atualmente, em países pouco sensibilizados para a proteção do ambiente.

A indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo. De acordo com as Nações Unidas, o setor é responsável por 20% das águas residuais globais e 10% das emissões de resíduos de todo o mundo.

Entre 2000 e 2015, a produção mundial de vestuário quase duplicou para mais de 100 mil milhões de toneladas. A maior parte da produção têxtil encontra-se, atualmente, em países pouco sensibilizados para a proteção do ambiente.

Fee Gilfeather é especialista em sustentabilidade da Oxfam, uma ONG internacional que reúne 19 organizações de caridade independentes, e explica o impacto da poluição da indústria da moda: " Na verdade, gera mais emissões de carbono do que a aviação e os transportes marítimos internacionais em conjunto. É uma quantidade incrível, por isso sabemos que é um dos grandes problemas em termos de emissões de carbono. É um enorme problema em termos de quantidade de água utilizada. Então, por exemplo, seriam precisos 13 anos para beber a água que é usada para fazer umas calças de ganga e uma T-shirt".

"Não é só a roupa, é, também, toda a embalagem e depois enviar essa roupa de onde foi feita para onde vai ser vendida", sublinha a diretora de Notícias de Moda e Recursos da Grazia Britânica, Laura Antonia Jordan.

No ano passado, marcas de baixo custo como H&M e "Inditex", a gigante do retalho detentora da Zara assinaram a Carta da Indústria da Moda para a Ação Climática e prometeram reduzir as emissões em 30% até 2030.

"Nós, na Fashion Revolution, não fazemos distinção entre pronto-a-vestir e setor de luxo. Acreditamos que é a totalidade da indústria da moda que tem de ser posta em causa e, em particular, qualquer gigante da indústria de algum modo", diz a diretora criativa da Fashion Revolution, Orsola de Castro.

Fee Gilfeather, da Oxfam, evidencia que "o problema existe em toda a indústria têxtil, por isso inclui tanto a alta-costura como o pronto-a-vestir. Sabemos que a moda rápida incentivou, de facto, as pessoas a considerarem as roupas como descartáveis, mas também os problemas dentro do sistema de produção e as cadeias de abastecimento são os mesmos tanto na moda de alto nível como na rápida. Por isso, cada retalhista de moda deve pensar sobre o impacto que têm sobre o meio ambiente quando, quando estão a fabricar as roupas."

Em Madrid, na Cimeira do Clima, retalhistas e grupos industriais expõem as conclusões da Carta da Indústria da Moda para a Ação Climática (Ficca), assinada no ano passado por 43 empresas. O acordo inclui alcançar uma economia neutra em carbono até 2050.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhar Comentários

Notícias relacionadas

Museu de História Natural de Abu Dhabi abre com fósseis raros e maravilhas cósmicas

O Catar e o Chile colaboram para plantar sementes de património e traços de tradição

A Cimeira da Inovação pelo Design de Doha apresenta o futuro da criatividade