No próximo sábado tem lugar a 34.ª edição dos Prémios do Cinema Europeu. À semelhança do que aconteceu o ano passado e pelo mesmo motivo, a pandemia de covid-19, a cerimónia será virtual e conduzida a partir de Berlim.
Os nomeados foram apresentados o mês passado em Sevilha e para o Diretor da Academia de Cinema Europeu, Matthijs Wouter Knol, são bem representativos da pluralidade de culturas do Velho Continente:
"Os nossos prémios têm um pormenor maravilhoso, que é podermos oferecer um panorama de todas as vozes diferentes na Europa. De Leste a Oeste, de Sul a Norte, dos cineastas mais jovens aos mais consagrados. Todos têm lugar nos Prémios do Cinema Europeu e todos os anos podemos honrar e dar visibilidade a todas essas vozes diferentes."
Um bom exemplo de todas essas vozes é "Compartimento n.º6", um filme finlandês filmado na Rússia numa produção conjunta com Estónia e Alemanha e que relata a história de duas almas solitárias que se conhecem numa viagem de comboio.
Ou "Titane", película assinada por Julia Ducournau e que já foi premiada com a Palma de Ouro este ano em Cannes. A produção franco-belga recebeu quatro nomeações nas quatro principais categorias, melhor filme, melhor realizador, melhor atriz e melhor ator.
Paolo Sorrentino volta a estar nomeado, com o filme "A mão de Deus", e está entre os favoritos. O realizador italiano persegue a terceira vitória, quer no melhor filme, quer no melhor realizador, depois de já ter arrebatado os prémios em 2013 e 2015.
"O Pai" é também um forte candidato ao prémio máximo da sétima arte na Europa, ou não tivesse sido galardoado com dois Óscares em abril, melhor ator e melhor argumento adaptado.
A lista de nomeados para o prémio de melhor filme fica completa com "Quo Vadis, Aida?", uma película bósnia em torno do massacre de Srebrenica, em 1995.
O vencedor será conhecido já este sábado.