Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Festival de música eletrónica organizado por israelitas sem licença em Portugal

Imagem na página de Facebook do Anta Gathering - Anta Gathering.
Imagem na página de Facebook do Anta Gathering - Anta Gathering. Direitos de autor  Anta Gathering
Direitos de autor Anta Gathering
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button

A Câmara Municipal de São Pedro do Sul alegou risco de incêndio, depois de várias queixas de ligações de um dos organizadores do Anta Gathering às Forças de Defesa de Israel (FDI).

PUBLICIDADE

O festival de trance psicadélico Anta Gathering deveria começar esta quinta-feira, em Anta de Baixo, em Manhouce, no Município de São Pedro do Sul, no centro-norte de Portugal. Mas o evento acabou por ser cancelado, depois de o município não ter atribuído a licença necessária.

“Não foi dado parecer positivo em função da grande quantidade de produto combustível que existe o terreno”, disse o presidente da Câmara, Vítor Figueiredo, ao jornal Público.

As autoridades alegaram risco de incêndio. Mas o evento já tinha sido alvo de queixas de vários cidadãos e de ativistas devido à alegada ligação de um dos organizadores às Forças de Defesa de Israel.

“Portugal não aceitará a normalização nem o livre trânsito de quem participou e apoia o colonialismo e a barbárie diária contra os palestinianos”, escreve o Comité de Solidariedade com a Palestina, numa publicação no Instagram em que se regozija pelo cancelamento do evento.

Os ativistas dizem que os organizadores e o proprietário do terreno são israelitas. Mas apontam o dedo sobretudo ao DJ Sahar Bickel, que dizem ter integrado as FDI durante o período da guerra em Gaza.

Os organizadores do festival dizem estar a ser alvo de uma campanha de ódio e de difamação.

“Nós não somos soldados. Nenhum dos membros da nossa equipa de produção esteve em Gaza ou tomou parte na morte de seres humanos”, pode ler-se na página de Facebook do festival.

“Nós não somos o nosso país, nós não somos o nosso governo – nós somos seres humanos que querem passar uma mensagem de conexão, paz e amor”, diz ainda a publicação.

Mas o Comité de Solidariedade com a Palestina defende que os membros das FDI têm um papel no que está a acontecer em Gaza, sejam destacados para lá ou não.

“Qualquer pessoa que tenha prestado serviço nas forças armadas israelitas durante o período do genocídio, independentemente do seu local de destacamento ou da sua posição (incluindo unidades logísticas ou de informação), é participante da campanha genocida de Israel contra o povo palestiniano”, escreveu o Comité.

Nos últimos dias, ainda antes da decisão da Câmara Municipal, vários artistas desistiram de participar no festival. Até que, na noite de quarta-feira, o festival admitia estar cancelado.

Mesmo assim, garantia estar ainda a tratar de todas as licenças e a tomar medidas de segurança para tentar reverter esta decisão, enquanto pedia paciência aos festivaleiros.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Forças israelitas atacam Nablus, na Cisjordânia ocupada

Kneecap triunfam no festival Rock en Seine, em Paris, apesar dos manifestantes pró-Israel

Jimmy Kimmel suspenso: apresentadores de talk-shows defendem liberdade de expressão