Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Exposição em Madrid traça 50 anos das transições democráticas de Portugal e Espanha

Exposição inclui obras de Vieira da Silva e Paula Rego
Exposição inclui obras de Vieira da Silva e Paula Rego Direitos de autor  RTP
Direitos de autor RTP
De Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

"Inquietude: Liberdade e Democracia" é o título da exposição patente na Casa Encendida, na capital espanhola, organizada pela Fundação Montemadrid e pela Comissão para a Comemoração dos Cinquenta Anos de Espanha em Liberdade.

PUBLICIDADE

A Fundação Montemadrid e a Comissão para a Comemoração dos Cinquenta Anos de Espanha em Liberdade apresentam na Casa Encendida, na capital espanhola, uma exposição com obras de mais de 50 artistas, incluindo Paula Rego, Miró, Antoni Tàpies ou Vieira da Silva, que reflete sobre os cinquenta anos da transição democrática em Portugal e em Espanha, que aconteceram de forma quase simultânea: a portuguesa em 1974 com o 25 de Abril e a espanhola no ano seguinte com a morte de Franco e o processo que se seguiu e levou à adoção do sistema multipartidário e à Constituição de 1978.

As obras expostas pertencem, em grande parte, à Fundação Montemadrid. Algumas foram também cedidas pelo governo português.

"A Casa Encendida e a Fundação Montemadrid possuem uma coleção na qual muitas das obras são desconhecidas para a maioria do público. Pareceu-nos uma excelente oportunidade para oferecer uma leitura contemporânea que reflita sobre o presente, disponibilizando essas peças ao público, que normalmente não tem a oportunidade de as ver", diz Pablo Berastegui, diretor da Casa Encendida.

Com base na memória histórica coletiva de Espanha, Portugal e Europa, a exposição "Inquietude: Liberdade e Democracia" convida a um diálogo que contextualiza os aspetos sociais, políticos e culturais do período que vai da década de 1970 até aos dias de hoje, uma época de transição e confronto entre as ditaduras ibéricas e os regimes democráticos contemporâneos.

Paulo Mendes é um dos curadores da exposição: "O objetivo é fazer as pessoas refletirem sobre os regimes fascistas em Portugal e na Espanha - como certos partidos fascistas estão novamente a ganhar assentos nos parlamentos espanhol e português e como os valores democráticos devem ser defendidos. É por isso que temos as vozes de Salazar nesta exposição, evocações de Franco e uma primeira sala que reflete sobre as ditaduras e as dinastias reais".

A exposição reúne obras importantes de artistas como Manolo Millares, Antonio Saura, Joan Miró, Antoni Tàpies e Maria Helena Vieira da Silva, que dialogam com peças de Paula Rego, Cristina García Rodero e coletivos como Equipo Crónica e Equipo Realidad. Imbuídas de memória, crítica política e compromisso social, estas criações traçam uma narrativa visual que liga a dissidência, a resistência e a liberdade aos desafios atuais das duas democracias ibéricas: "Temos obras que datam da década de 1970 ou antes, para contextualizar essa conexão que os artistas têm com a sociedade. A seleção foi feita com esse objetivo em mente: deixar em aberto essa proposta para questionar e provocar reflexões sobre o que significa ser uma sociedade em construção", diz Sandra Vieira Jurgens, a outra curadora da mostra.

"Inquietude: Liberdade e Democracia" pode ser vista na Casa Encendida, em Madrid, até ao dia 8 de março do próximo ano.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Homem detido após colocar bandeira palestiniana no topo da Ponte 25 de Abril

Morreu Eduardo Gageiro, o fotojornalista da Revolução do 25 de Abril

Marcelo discursa pela última vez no 25 de Abril e pede que se siga exemplo do Papa