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Francis Ford Coppola vende relógio de 1 milhão após fracasso de Megalopolis nas bilheteiras

Francis Ford Coppola posa para os fotógrafos no photocall de "Megalopolis" no Festival de Cinema de Cannes, França, 17 de maio de 2024
Francis Ford Coppola posa para os fotógrafos na sessão fotográfica do filme «Megalopolis», no Festival de Cinema de Cannes, França, 17 de maio de 2024 Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Sarah Miansoni
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Realizador norte-americano leiloa sete relógios da sua coleção de luxo após fracas receitas de bilheteira de "Megalopolis" (2024), filme financiado pelo próprio e amplamente criticado.

Segundo o próprio, Francis Ford Coppola está outra vez a precisar desesperadamente de dinheiro.

O cineasta norte-americano é conhecido por investir fundos próprios nos seus projetos, mesmo que isso o deixe endividado.

A sua obra mais recente, Megalopolis (2024), não foi exceção. Coppola investiu 120 milhões de dólares no colossal drama de ficção científica que preparava há anos, e o filme arrecadou apenas 14,4 milhões nas bilheteiras mundiais.

O filme recebeu críticas mistas. O crítico de cinema da Euronews, David Mouriquand, descreveu-o como “um desastre total” e “uma loucura indulgente que roça o absurdo”[link em inglês].

“Muitos dos meus filmes recuperam o investimento ao longo do tempo”, disse Coppola ao New York Times no início deste mês.

Deu como exemplo a sua obra épica Apocalypse Now, que também o levou ao endividamento, mas acabou por render cerca de 150 milhões de dólares após várias décadas.

Só o tempo dirá se Megalopolis terá igual sorte; entretanto, o realizador, de 86 anos, procura reforçar as contas.

Coppola vai vender sete relógios de luxo da sua coleção pessoal na Phillips, em Nova Iorque, no início de dezembro.

“Preciso de arranjar algum dinheiro para manter o barco à tona”, disse ao New York Times.

A peça principal é um relógio desenhado por si, chamado “FFC”, feito em colaboração com a F.P.Journe, que deverá render pelo menos 1 milhão de dólares.

Está “em vias de se tornar um dos lotes de topo da temporada no setor dos leilões de relojoaria”, afirmou a Phillips em comunicado.

O FFC foi desenhado em conjunto por Francis Ford Coppola e François-Paul Journe
O FFC foi desenhado em conjunto por Francis Ford Coppola e François-Paul Journe Courtesy Phillips

A ideia de Coppola para o relógio surgiu pela primeira vez em 2009, depois de a mulher, Eleanor, lhe ter oferecido pelo Natal um F.P.Journe, que também irá a leilão este ano, adiantou a Phillips.

O design singular do FFC nasceu de uma conversa, em 2012, entre Coppola e François-Paul Journe, fundador da marca homónima.

O relógio recorre a uma mão humana para indicar as 12 horas e é, “o primeiro relógio da história a empregar tal funcionalidade”, segundo a Phillips.

O mecanismo e a arquitetura da mão enluvada inspiram-se no trabalho do pioneiro das próteses do século XVI Ambroise Paré, um dos pais da cirurgia moderna.

O design da marca inspira-se no trabalho do cirurgião do século XVI Ambroise Paré
O design da marca inspira-se no trabalho do cirurgião do século XVI Ambroise Paré Cortesia F.P.Journe

“Este protótipo FFC é, sem dúvida, um dos relógios F.P.Journe de maior relevância histórica alguma vez feitos”, disse Paul Boutros, vice-presidente da Phillips. “Mostra o que se pode alcançar quando grandes mentes criativas colaboram”.

O modelo foi colocado à venda em 2021. Produziram-se apenas algumas unidades do FFC, incluindo o protótipo que Coppola vai levar a leilão.

Entre os outros seis relógios que serão vendidos pelo cineasta estão outro F.P.Journe, avaliado entre 120 mil e 240 mil dólares, e dois Patek Philippe.

No total, os sete relógios têm uma avaliação até 1,3 milhões de dólares, o que representa pouco mais de 1% do dinheiro investido por Coppola em Megalopolis.

Há que começar por algum lado.

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