Antecipar o futuro dos oceanos

O "trio mortal" das mudanças nos oceanos : aquecimento das águas, acidificação e perda de oxigénio
O "trio mortal" das mudanças nos oceanos : aquecimento das águas, acidificação e perda de oxigénio Direitos de autor JOSÉ SENA GOULÃO/ 2022 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
De  Euronews com Lusa
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Cientistas portugueses estudam o "trio mortal" das alterações climáticas

PUBLICIDADE

Da imensidão do oceano para o laboratório, neste caso em Cascais, em nome da Ciência. Mais concretamente, em nome do impacto das alterações climáticas sobre a vida marinha.

Podemos ter esta visão antecipatória do futuro, perceber "aquela área vai sofrer muitas alterações, então se calhar não é uma boa área para alocarmos certo tipo de usos"
Catarina Frazão Santos
Investigadora

No Laboratório Marítimo da Guia, um grupo de cientistas está a estudar, entre outros, as consequências do chamado "trio mortal" de mudanças nos oceanos - aquecimento das águas, acidificação e perda de oxigénio - em embriões de tubarões, em algas e cavalos-marinhos.

"As respostas, por exemplo na acidificação dos oceanos, variam muito entre grupos taxonómicos. As macroalgas parecem beneficiar do aumento de CO2 no oceano, porque o utilizam obviamente na fotossíntese. Enquanto que as espécies ósseas ou as espécies que precisam de carbonato de cálcio para calcificar e para produzirem os exoesqueletos, como os crustáceos ou as famosas conchas bivalves, esses sim têm mais problemas quando estamos num ambiente mais ácido", explica o investigadorRui Rosa

É, portanto, urgente diferenciar as soluções para cada zona marinha, como apontaCatarina Frazão Santos, também investigadora: "Proteger certas áreas, promover áreas para zonas de energia renovável. Podemos ter esta visão antecipatória do futuro, perceber 'aquela área vai sofrer muitas alterações, então se calhar não é uma boa área para alocarmos certo tipo de usos'".

Questões que estes cientistas esperam que estejam na linha da frente da Conferência dos Oceanos da ONU, que Lisboa acolhe a partir do próximo dia 27.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

"Vivemos em estado de emergência oceânica"

Eurodeputados querem reduzir emissões de gases em 55% até 2030

Sondagem: Ação climática é prioridade para mais de metade dos eleitores da UE