Onda de calor marinha atinge as ilhas britânicas

Branscombe, sul de Inglaterra
Branscombe, sul de Inglaterra Direitos de autor AP/AP
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De  Euronews com AFP, AP
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Especialistas dizem que as alterações climáticas estão a criar uma onda de calor marinha sem precedentes que está a afetar as ilhas britânicas.

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Uma onda de calor marinha está a afetar as ilhas britânicas. De acordo com especialistas, os raios solares são mais intensos na região devido às alterações climáticas, à diminuição, este ano, da poeira do Sara e ao gelo do Ártico.

Thomas Rippeth, oceanógrafo físico da Universidade de Bangor, explicava que, em alguns locais, o aumento de temperatura é "quatro ou cinco graus acima do que seria de esperar nesta altura do ano". 

O oceano não é como a atmosfera. Não aquece nem arrefece rapidamente. Demora muito tempo a aquecer e muito tempo a arrefecer.
Thomas Rippeth
Oceanógrafo físico, Universidade de Bangor

O aumento das temperaturas afeta toda a costa leste do Atlântico. Este aquecimento pode levar a fenómenos meteorológicos extremos. O mesmo perito referia que o oceano desempenha um "papel absolutamente fundamental. Penso que cerca de 95% da transferência de energia da radiação solar para o infravermelho ocorre à superfície do oceano", dizia Rippeth, acrescentando que "a repartição em relação ao local onde isso acontece afeta os nossos sistemas meteorológicos".

Se aquecermos demasiado o oceano, as temperaturas elevadas provocam as tempestades mais fortes. Os furacões, por exemplo, ocorrem quando a temperatura da água é superior a 26 graus Célsius.
Thomas Rippeth
Oceanógrafo físico, Universidade de Bangor

As temperaturas globais à superfície do mar, em abril e maio, foram as mais elevadas de que há registo e espera-se que continuem a bater recordes devido ao aquecimento da região tropical do Pacífico devido ao surgimento do El Niño

Este aumento pode também ter consequências negativas para a vida marinha, entre elas a redução do oxigénio e dos nutrientes do fito plâncton.

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