No Porto de Roterdão, uma barreira contra tempestades protege os Países Baixos da subida do nível do mar.
No Porto de Roterdão, uma barreira contra tempestades garante a segurança de 1,5 milhões de pessoas. Dois braços de aço tão altos como a Torre Eiffel fecham quando se prevê que a água suba mais de três metros.
"Na realidade, fechámos duas vezes em 25 anos. Esperamos fechar mais vezes no futuro, claro. Originalmente, esta barreira foi concebida para uma vida útil de 100 anos e já no projeto contávamos com cerca de 50 cm de subida do nível do mar. Mas não podemos olhar para o futuro de forma tão pormenorizada. Esperamos que algures entre 2060 e 2090 tenhamos de fazer alterações", explica Marc Walraven, consultor para barreiras contra tempestades na Rijkswaterstaat.
No maior porto marítimo da Europa, a barreira contra tempestades não é o único exemplo de inovação. Foi construída uma quinta flutuante, onde vivem 40 vacas. A ideia está a espalhar-se. Singapura e o Dubai já mostraram interesse em construir quintas no meio da água.
"O fornecimento de alimentos numa cidade depende muito da logística. E se houver uma inundação, deixa de haver logística. Tivemos a ideia de construir de uma forma adaptada ao clima, ou seja, subimos e descemos com a maré e ficamos menos dependentes da logística", revela Minke van Wingerden, cofundadora da Floating Farm.
Um quarto do território neerlandês situa-se abaixo do nível do mar. Segundo a ONU, este nível está a subir duas vezes mais rápido do que no século XX.