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Proliferação de alforrecas, uma ameaça ou oportunidade?

Em parceria comThe European Commission
Proliferação de alforrecas, uma ameaça ou oportunidade?
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De  Denis Loctier
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A professora Jamileh Javidpour explica como a proliferação de alforrecas é um problema a resolver. Mas estas gelatinosas também podem ser aproveitadas para benefício humano.

Num mundo onde a maioria das espécies marinhas luta para lidar com o aquecimento das águas, a poluição e a sobrepesca, as alforrecas (também conhecidas como medusas) estão a prosperar. Estas criaturas gelatinosas parecem estar a dominar os oceanos e, ao mesmo tempo, a causar estragos nos ecossistemas naturais e nas atividades humanas.

Então, como devemos responder a esta crescente invasão de alforrecas? O programa Ocean entrevistou Jamileh Javidpour, professora de biologia na Universidade do Sul da Dinamarca, que investiga alforrecas há duas décadas e coordenou o projeto GoJelly, financiado pela União Europeia.

“As alforrecas estão a tornar-se um incómodo em muitas áreas. Por exemplo, a taxa de picadas está a aumentar”, explica Jamileh Javidpour. “Temos de proteger infraestruturas nas zonas costeiras para evitar que as alforrecas entrem nas linhas de produção.”

A professora diz que a proliferação de alforrecas é apenas um sintoma de um sistema alterado e, por isso, defende que é preciso perceber a origem desse problema. Esta pode ser a eutrofização, a sobrepesca ou o aquecimento climático.

“Quando houver orientações sobre como nos podemos livrar delas, podemos utilizar essa quantidade de biomassa para algo benéfico para nós, que beneficia a sociedade”, explica.

Jamileh Javidpour dá o exemplo do leste da Ásia, onde há um grande interesse nas alforrecas enquanto alimento. Outra possibilidade é a utilização das propriedades medicinais destas gelatinosas, que já provaram ter capacidades anti-inflamatórias ou anticancerígenas.

Mas a investigadora também alerta para os erros do passado, quando se começou a usar material biológico “sem cuidar da população”.  “Caso contrário, vamos voltar a ter um problema do esgotamento de todo o ecossistema”, remata.

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