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Eurodeputados apelam à libertação do ativista anti-caça à baleia Paul Watson

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Flickr / A Esquerda Direitos de autor  Flickr / The Left
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De Marta Pacheco & vídeo por Isabel Marques da Silva
Publicado a Últimas notícias
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A libertação imediata do ativista anti-caça à baleia Paul Watson foi exigida por 15 membros do Parlamento Europeu dos Verdes, da Esquerda e dos Socialistas.

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O protesto em frente à Embaixada da Dinamarca, em Bruxelas, foi uma reação à decisão de um tribunal da Gronelândia (território autónomo da Dinamarca), na quarta-feira, de manter Paul Watson detido face a um pedido de extradição para o Japão.

Os eurodeputados criticam a detenção, em julho, ao abrigo de um mandado internacional de 2012, que o acusa de danificar um navio baleeiro. Outras acusações são obstrução aos negócios e ferimentos num membro da tripulação, durante uma ação do ativista em águas antárcticas, em fevereiro de 2010.

"É uma questão de direitos humanos porque estamos a falar de enviar um homem para um país que não respeita os direitos dos acusados, o Japão. Mas é, também, uma questão de proteção dos ativistas ambientais porque temos uma criminalização do movimento ambientalista como um todo", disse Emma Fourreau, eurodeputada francesa da Esquerda, em entrevista à Euronews.

"Agora, milhares de cidadãos estão de olhos postos no governo dinamarquês, que poderá tomar uma decisão política que os ambientalistas não esquecerão nem perdoarão", afirmou a eurodeputada.

Se for extraditado, o cidadão de nacionalidade norte-americana e canadiana, de 73 anos, que fundou a Sea Shepherd Conservation Society, enfrenta uma pena de prisão de até 15 anos.

“Temos de defender Paul Watson, que está atualmente preso por defender os nossos meios de subsistência, por proteger a natureza e os mares e por impedir as práticas baleeiras ilegais do Japão", afirmou Lena Schilling, eurodeputada austríaca dos Verdes.

Paul Watson fundo uma sociedade conservacionista e participou num programa de TV "Guerra das Baleias"
Paul Watson fundo uma sociedade conservacionista e participou num programa de TV "Guerra das Baleias" Lisa Rathke/Copyright 2016 The AP. All rights reserved. This material may not be published, broadcast, rewritten or redistribu

"Defender a natureza não é um crime. O encarceramento de Paul Watson num Estado-membro da União Europeia mostra que os ativistas enfrentam uma repressão cada vez maior", acrescentou.

O Supremo Tribunal da Gronelândia decidiu manter a detenção por mais 28 dias, até 2 de outubro, enquanto se analisa a decisão de extradição.

Captura de centenas de animais apesar de moratória

O Japão capturou cerca de 300 baleias no ano passado, segundo dados da Comissão Baleeira Internacional, da qual este país se retirou em 2019.

A moratória sobre a caça comercial de baleias está em vigor há mais de 35 anos, mas Japão, Noruega e Islândia continua a capturar centenas de baleias por ano, muitas vezes usando o argumento da investigação científica.

A caça à baleia é proibida em todos os países da UE, uma vez que o bloco tem leis de conservação rigorosas, como a legislação sobre habitats de 1992 e a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, adoptada em 1963.

A UE proíbe o comércio de produtos derivados da baleia e restringe a captura, o abate ou a perturbação de baleias, uma vez que o bloco de 27 membros respeita a Convenção Internacional para a Regulamentação da Atividade Baleeira (ICRW), estabelecida em 1946 para regular a atividade baleeira a nível mundial.

Fora do bloco, a Noruega, que não está vinculada às regras da ICRW, opôs-se à moratória internacional de 1986 sobre a caça comercial à baleia, continuando a caçar baleias para fins comerciais desde 1993 e capturando cerca de 500 baleias-anãs por ano, de acordo com a Comissão Baleeira Internacional.

A Comissão Europeia não comentou a situação.

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