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Portugal em alerta: incêndio em Piódão obriga a evacuação de aldeias

Governo prolonga situação de alerta devido aos incêndios até sexta-feira
Governo prolonga situação de alerta devido aos incêndios até sexta-feira Direitos de autor  Bruno Fonseca/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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De Diana Rosa Rodrigues
Publicado a Últimas notícias
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O grande incêndio que lavra em Piódão, no concelho de Arganil, levou à evacuação de aldeias de Chãs de Égua e Foz de Égua. Fogo mobiliza mais de 400 bombeiros e vários meios aéreos. Situações em Trancoso, Tabuaço, Vila Real e Sátão continuam ativas. Portugal continua em situação de alerta.

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O Governo anunciou na terça-feira que irá prolongar a situação de alerta até sexta-feira em todo o território de Portugal continental. O anúncio foi feito pelo próprio primeiro-ministro, Luís Montenegro, justificando a decisão com as previsões das condições meteorológicas.

"(...) Atenta a previsão meteorológica para os próximos dias, o Governo decidiu hoje prolongar por mais 48 horas a situação de alerta, que devia terminar amanhã (quarta-feira) às 23:59, e que, portanto, se vai prolongar até às 23:59 de sexta-feira, dia 15", disse o primeiro-ministro, em Faro, à margem de uma inauguração de casas para realojamento.

Em causa está o tempo quente e seco que até agora tem dificultado o combate às chamas no terreno.

"Esperemos que, esgotado este período, possamos aliviar estes condicionalismos e possamos retomar a nossa vida quotidiana e deixar de ter as imagens que, infelizmente, têm marcado os últimos dias", afirmou Luís Montenegro.

Incêndio em Piódão obriga a evacuação de aldeias

Por esta altura mais de dois mil operacionais mantém-se no terreno no combate às principais ocorrências. Para o dispositivo de combate foram mobilizados ainda mais de 600 viaturas e 20 meios aéreos.

Nas últimas horas teve início um novo incêndio que atinge a histórica aldeia de Piódão, no concelho de Arganil, distrito de Coimbra. As chamas deflagraram pelas 5 da manhã. Às 14h00, o fogo era combatido por mais de 400 operacionais no terreno e cinco meios aéreos, segundo informações da Proteção Civil.

O incêndio lavra de forma descontrolada e levou à evacuação, como medida preventiva, de várias povoações, nomeadamente aldeias de Chãs de Égua e Foz de Égua. Os habitantes foram encaminhados para lares de igrejas.

As situações em Tabuaço, Trancoso e Vila Real também continuam ativas.

Em Tabuaço, no distrito de Viseu, o fogo sofreu uma forte reativação por volta de meia-noite, devido à intensidade do vento, segundo explicou o comandante sub-regional do Cávado, Bruno Silva, à RTP. A mesma fonte explica que uma das frentes ativas do incêndio está dominada mas o combate está a ser dificultado pela velocidade do vento e ao declive do terreno, com as chamas lavrarem com forte intensidade.

Às 14h00 estavam no terreno mais de 260 operacionais, apoiados vários meios terrestres e três meios aéreos.

Trancoso tinha, à mesma hora, mais 500 operacionais no terreno e três meios aéreos.

O incêndio em Vila Real também continua ativo com mais de 400 bombeiros no terreno e mais de 143 viaturas e alguns meios aéreos.  Durante a noite, a descida da temperatura trouxeram alguma esperança ao dispositivo de combate ao fogo que já atingiu 26 aldeias e percorreu 12 quilómetros, entre Mascoselo e Paredes. De recordar que o incêndio na Serra do Alvão lavra desde o passado dia 2 de agosto.

Além destas ocorrências, a Operação Civil aponta ainda o fogo em Sátão, no distrito de Viseu, que à mesma hora mantinha um dispositivo de mais de 200 bombeiros e seis meios aéreos.

"Estamos a dar tudo aquilo que temos para dar", diz Montenegro

O governo e a Proteção Civil têm sido alvo de algumas críticas sobre a forma como têm conduzido o combate às chamas e a mobilização dos meios, oriundas, principalmente, do autarca de Vila Real, distrito onde o fogo lavra já há mais de 11 dias.

Luís Montenegro disse ontem compreender a frustração das pessoas mas garantiu que o Governo "está a dar o máximo" para conseguir resolver a situação.

"Nós compreendemos que aqueles que têm sido confrontados com este drama possam às vezes ter manifestações de indignação, é normal, mas a verdade é que todos nós estamos a dar o máximo, todos nós queremos e vamos continuar a dar o máximo", afirmou ontem o primeiro-ministro português aos jornalistas.

No domingo à noite, o presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios tinha já apelado a um forte reforço de meios para o combate ao fogo. Na segunda-feira, e após uma forte reativação, o autarca afirmou que o concelho "ardia em lumo brando" e que já era altura de ouvir a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e o Governo.

Montenegro garantiu que tudo está a ser feito, reforçando que existe um dispositivo de 15 mil operacionais e que todos os meios estão em prontidão.

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