A Roménia é um dos países com maior índice de corrupção da União Europeia, mas desde 2014 que iniciou uma verdadeira caça aos corruptos. Para avaliar esta viragem, o Parlamento Europeu promoveu uma au
A Roménia é um dos países com maior índice de corrupção da União Europeia (UE) e Bruxelas mantém uma vigilância apertada nessa matéria.
Mas desde 2014 que o país iniciou uma verdadeira caça aos corruptos, levando à detenção de altas figuras da política e da administração pública, entre outros.
Para avaliar esta viragem, o Parlamento Europeu promoveu uma audição, esta terça-feira, onde participou a Procuradora-geral do país, Laura Kovesi.
“O nosso sucesso mede-se pelo facto de termos conseguido condenações para crimes de corrupção que estavam a ser investigados há vários anos, envolvendo pessoas que tinham funções muito importantes. Estou a falar de um ex-primeiro-ministro, ex-ministros, senadores, deputados, juízes, presidentes de conselhos municipais”, explicou a Procuradora-geral.
Estima-se que, desde 2014, a corrupção custou mil milhões de euros ao Estado, ao setor privado e aos cidadãos, vítimas de esquemas de subornos e sobreavaliações.
Ex-ministra da Justiça, a eurodeputada romena, Monica Macovei, diz que o país se tornou um caso exemplar.
“Pessoas de outros países perguntam-me como é que conseguimos esta viragem, qual é o segredo do sucesso do nosso organismo anti-corrupção? Respondo que o mais importante é nomear as pessoas certas. E agora há quem queira seguir o nosso exemplo, na Bulgária e noutros países”, referiu a eurodeputada.
A Bulgária é o segundo país mais pobre da UE e a luta contra a corrupção é vista como essencial para atrair investimento estrangeiro e para obter mais verbas comunitárias.