Perante o clima de endurecimento da postura contra os imigrantes na Hungria, o Parlamento Europeu aprovou esta quarta-feira uma resolução em que
Perante o clima de endurecimento da postura contra os imigrantes na Hungria, o Parlamento Europeu aprovou esta quarta-feira uma resolução em que critica uma consulta popular na qual se relaciona migração com atividades criminosas e terrorismo.
O documento refere também a importância da Comissão Europeia acompanhar de perto a situação na Hungria.
“É uma mensagem muito forte, porque na verdade mostra que uma maioria deste parlamento está completamente contra a atitude e o comportamento de Viktor Orbán. Estamos chocados e é com surpresa que vemos que o Partido Popular Europeu, que é uma força importante neste parlamento, continua sistematicamente a apoiar Orbán”, sublinhou o eurodeputado liberal belga Louis Michel.
A texto alerta a Hungria para as consequências da aplicação da pena de morte e apela a que se estabeleça um mecanismo de controlo da democracia no país.
Para o eurodeputado húngaro György Hölvényi, pró-Fidesz, a formação do primeiro-ministro Viktor Orbán, não há motivo para polémica: “Em relação à pena de morte está claro que não existe, trata-se apenas de um debate. Não há intenção de aplicar a pena capital. Foi um mal-entendido. A questão é que se investigassem os 28 Estados-membros a um nível tão profundo a Europa seria um lugar melhor.”
Um relatório do Conselho da Europa manifestou recentemente preocupação com o desenvolvimento de um discurso antissemita, racista e homofóbico na Hungria e com a falta de reações que isso desperta junto das autoridades.