Mais de 200 mil assinaturas recolhidas por duas petições contra a contratação do ex-presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, pelo banco norte-americano Goldman Sachs, vão ser entregues, q
São mais de 200 mil as assinaturas recolhidas por duas petições que apelam a medidas de resposta à contratação do ex-presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, pelo banco norte-americano Goldman Sachs.
Uma delas, com mais de 150 mil assinaturas, foi lançada, em junho, por funcionários das instituições europeias, pedindo que sejam tomadas “medidas exemplares” face a um caso que consideram um mau serviço ao espírito europeu.
A segunda, com mais de 60 mil assinaturas, tem por detrás organizações não governamentais.
As petições vão ser entregues, esta quarta-feira, na Comissão Europeia, por pensionistas das instituições europeias.
O atual executivo já levou o caso à Comissão de Ética, enviou uma carta à Procuradora de Justiça Europeia e divulgou documentos a jornalistas, mas um dos signatários disse à euronews que é pouco.
Em entrevista sob anonimato, disse esperar que “haja uma reação das instituições europeias, em particular do Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker”.
“Além de analisar o caso na Comissão de Ética, esperamos que ele se comprometa em reformar o código de conduta dos comissários e presidentes da Comissão Europeia e que sejam disponibilizados mecanismos para, eventualmente, poder investigar de forma mais aprofundada estes casos e, finalmente, que haja a possibilidade de os apresentar no Tribunal Europeu de Justiça”.
Barroso nega qualquer ilegalidade na relação com o banco, seja enquanto líder da Comissão Europeia ou na nova qualidade de funcionário.
Neelie Kroes é o mais recente membro da equipa de Barroso alvo de polémica, por ligação a empresas em offshore.