O acordo previa que o grupo dos Socialistas e Democratas apoiasse um candidato do centro-direita depois do fim do mandato de Martin Schulz.
Falta uma semana para a eleição do próximo presidente do Parlamento Europeu e os vários candidatos contam as armas. O Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, quer recuperar a presidência do hemiciclo e acusa agora os adversários socialistas e liberais de jogadas duvidosas. O grupo socialista quer voltar atrás com um acordo assinado há dois anos com os conservadores, enquanto os liberais, liderados por Guy Verhofstadt, se aproximaram dos populistas de Beppe Grillo.
Das ist Sie! Geheimabsprache zwischen
ManfredWeber</a> und <a href="https://twitter.com/MartinSchulz">
MartinSchulz über Wechsel an der EP-SpitzeSPIEGELONLINE</a> <a href="https://t.co/v475UdYG3b">pic.twitter.com/v475UdYG3b</a></p>— Peter Mueller (
PeterMueller9) January 9, 2017
O acordo previa que o grupo dos Socialistas e Democratas apoiasse um candidato do centro-direita depois do fim do mandato do atual presidente, Martin Schulz.
O alemão Manfred Weber é o candidato do PPE: “Quero que seja claro que, tendo em vista a votação de terça-feira, todos aqueles que não respeitarem nem a parceria das forças pró-europeias nem este acordo serão reponsáveis pela influência que poderá depois ser exercercida plas forças anti-europeias e extremistas”, disse.
Os responsáveis pelo grupo socialista querem voltar atrás com o alegado acordo secreto assinado por Weber e Martin Schulz: “Não concordo com nenhum acordo secreto que Manfred Weber esteja agora a mostrar ao público. O Parlamento Europeu é uma instituição democrática, temos eleições e o grupo dos Socialistas e Democratas têm o seu próprio candidato, trata-se de Gianni Pittella e estamos unidos no apoio à candidatura dele”, diz a eurodeputada socialista eslovena Tanja Fajon.
A Aliança dos Liberais e Democratas Europeus (ALDE) apresenta como candidato o líder do movimento e da bancada, o antigo primeiro-ministro belga Guy Verhofstadt. O grupo rejeitou, na segunda-feira, a entrada dos populistas do Movimento 5 estrelas de Beppe Grillo, vista como uma manobra para dar votos a Verhofstadt.