Partito Popular Europeu revela acordo "secreto" com socialistas

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De  Ricardo Figueira
Partito Popular Europeu revela acordo "secreto" com socialistas

Falta uma semana para a eleição do próximo presidente do Parlamento Europeu e os vários candidatos contam as armas. O Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, quer recuperar a presidência do hemiciclo e acusa agora os adversários socialistas e liberais de jogadas duvidosas. O grupo socialista quer voltar atrás com um acordo assinado há dois anos com os conservadores, enquanto os liberais, liderados por Guy Verhofstadt, se aproximaram dos populistas de Beppe Grillo.

O acordo previa que o grupo dos Socialistas e Democratas apoiasse um candidato do centro-direita depois do fim do mandato do atual presidente, Martin Schulz.

O alemão Manfred Weber é o candidato do PPE: “Quero que seja claro que, tendo em vista a votação de terça-feira, todos aqueles que não respeitarem nem a parceria das forças pró-europeias nem este acordo serão reponsáveis pela influência que poderá depois ser exercercida plas forças anti-europeias e extremistas”, disse.

Os responsáveis pelo grupo socialista querem voltar atrás com o alegado acordo secreto assinado por Weber e Martin Schulz: “Não concordo com nenhum acordo secreto que Manfred Weber esteja agora a mostrar ao público. O Parlamento Europeu é uma instituição democrática, temos eleições e o grupo dos Socialistas e Democratas têm o seu próprio candidato, trata-se de Gianni Pittella e estamos unidos no apoio à candidatura dele”, diz a eurodeputada socialista eslovena Tanja Fajon.

A Aliança dos Liberais e Democratas Europeus (ALDE) apresenta como candidato o líder do movimento e da bancada, o antigo primeiro-ministro belga Guy Verhofstadt. O grupo rejeitou, na segunda-feira, a entrada dos populistas do Movimento 5 estrelas de Beppe Grillo, vista como uma manobra para dar votos a Verhofstadt.