O governo nacionalista polaco, chefiado por Beata Szydlo, não apoia a recandidatura de um anterior primeiro-ministro do país, e rival político, para presidente do Conselho Europeu. Mas Donald Tusk dev
O governo nacionalista polaco, chefiado por Beata Szydlo, não apoia a recandidatura de um anterior primeiro-ministro do país, e rival político, para presidente do Conselho Europeu.
Mas Donald Tusk deverá obter o apoio dos outros 27 Estados-membros para mais dois anos e meio na liderança.
Na véspera da votação, marcada para quinta-feira, Tusk disse: “Sou, e deverei continuar a ser no futuro, um presidente imparcial e politicamente neutro. Simultaneamente, como é óbvio, também sou responsável pela proteção dos valores e princípios da União Europeia. Esse é o meu papel e também a minha profunda convicção”.
Em causa estão acusações de que Tusk violou o dever de neutralidade ao comentar assuntos internos do país.
O eurodeputado polaco conservador Ryszard Legutko é dessa opinião, dizendo que Tusk “participou da campanha eleitoral na Polónia, apoiando um dos candidatos durante a campanha. Mais do que uma vez atacou o governo polaco com críticas e reprimendas”.
Para substituir Tusk, o governo de Varsóvia propôs Jacek Saryusz-Wolski, um eurodeputado polaco que deixou o partido de centro-direita para se juntar ao partido nacionalista Direito e Justiça, no poder.
O líder do centro-direita no Parlamento Europeu, Manfred Weber, realça que “se trata de uma jogada partidária interna, mas que prejudica a forte influência da Polónia a nível europeu. Atualmente, o mais importante líder polaco a nível europeu é Donald Tusk e isto prejudica Donald Tusk”.
Apesar de ser necessária apenas maioria qualificada, os chefes de Estado e de Governo da União têm demonstrado forte consenso para a reeleição de Donald Tusk durante a cimeira de Bruxelas.