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Mogherini deveria condenar "injustiça ultrajante na Turquia", diz Amnistia Internacional

Mogherini deveria condenar "injustiça ultrajante na Turquia", diz Amnistia Internacional
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De Isabel Marques da Silva com Reuters
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A chefe da diplomacia da União Europeia recebeu o ministro dos Assuntos Europeus turco, em Bruxelas, no dia em que a Amnistia Internacional acusou o governo de Ancara de "caça às bruxas com motivação

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A chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, recebeu o ministro dos Assuntos Europeus turco, Omer Celik, terça-feira, em Bruxelas, duas semanas depois do Parlamento Europeu ter pedido a suspensão formal das negociações de adesão da Turquia ao bloco.

A reunião decorreu, também, no dia em que a Amnistia Internacional (AI) acusou o governo de Ancara de “caça às bruxas com motivação política”, após um tribunal ter decretado a prisão preventiva de um dos seus membros e de outros cinco ativistas de defesa dos direitos humanos.

A AI exige uma clara condenação por parte de Federica Mogherini do que está a acontecer naquele país.

“A União Europeia é muito clara no apoio aos defensores dos direitos humanos, no papel, mas mantém-se bastante silenciosa neste caso”, disse, à euronews, Iverna McGowan, diretora da delegação da AI em Bruxelas.

“Na próxima semana, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco vem a Bruxelas, pelo que esperamos que Federica Mogherini fale pública e concretamente contra esta injustiça ultrajante na Turquia”, acrescentou Iverna McGowan.

Sobre as condições para continuar a trabalhar na Turquia, a diretora da AI para a União Europeia disse que “não descansaremos até que os nossos colegas e outros defensores dos direitos humanos sejam libertados mas, face às atuais circunstâncias, vamos rever o esquema de segurança de nosso pessoal local”.

Outrageous. Jailing of activists including our director shows truth & justice have become total strangers in #Turkey https://t.co/qSifFaesQw pic.twitter.com/smM8udI91P

— Salil Shetty (@SalilShetty) July 18, 2017

A diretora da AI na Turquia, İdil Eser, é uma das seis pessoas que permanecerão detidas, tendo outras quatro saído em liberdade condicional.

Os dez ativistas, que pertencem a várias organizações, foram detidos a 5 de julho e estão acusados de associação a grupo terrorista.

Os seis defensores dos direitos humanos sob custódia são İdil Eser (Amnistia Internacional), Gunal Kursun (Associação para a Agenda dos Direitos Humanos), Özlem Dalkıran (Assembleia do Cidadão), Veli Acu (Associação para a Agenda dos Direiots Humanos), Ali Gharavi (consultor em segurança de informação) e Peter Steudtner (instrutor em bem-estar e não-violência).

Os quatro defensores dos direitos humanos libertados sob fiança são Nalan Erkem (Assembleia do Cidadão), İlknur Üstün (Coligação das Mulheres), Nejat Taştan (Associação para a Monitorização dos Direitos Iguais) e Şeyhmuz Özbekli (Iniciativa de Direitos).

O presidente da AI na Turquia desde 2014, Taner Kiliç, foi preso a 6 de junho e indiciado, três dias depois, por ser alegado membro da “organização terrorista de Fethullah Gülen”, continuando em prisão preventiva.

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