O Presidente de França está confiante no fortalecimento do eixo franco-alemão e propôs avançar na integração europeia para evitar que o "Velho Continente" perca a corrida da globalização e evite o nacionalismo.
O Presidente da França propôs avançar na integração europeia para evitar que o “Velho Continente” perca a corrida da globalização e evite o retorno dos demónios do passado, em particular o nacionalismo.
Apesar do enfraquecido resultado eleitoral da chanceler alemã, Emmanuel Macron disse contar com Angela Merkel para dar novo gás ao chamado motor franco-alemão, no seu discurso sobre o “Futuro da Europa”.
“Sei que a resposta da chanceler não será nem a do recuo nem a do desalento. Sei isso, porque de cada vez que o seu país enfrentar desafios históricos, ela terá a mesma reação: ousadia e sentido da História. É isso que lhe estou a propor”, disse o chefe de Estado.
Merkel welcomes “a lot of material” from Macron on EU reform https://t.co/dF6YJteiDppic.twitter.com/fnCxSwo5En
— Reuters Top News (@Reuters) September 27, 2017
A revisão das leis do trabalho em França valeram a Macron considerável contestação nas ruas e o reforço do chamado pilar social europeu, ligado ao emprego, é um dos maiores desafios que também se colocará ao eixo franco-alemão.
A analista política Claire Dhéret, do Centro de Estudos Europeus, refere que “uma das vantagens do Presidente Macron é, naturalmente, a presença dos Verdes na próxima coligação alemã e ele tentará, concerteza, capitalizar esse factor”.
“Mas o facto é que, para a chanceler, será muito complicado promover o consenso entre os seus parceiros da coligação, isto é, os liberais e os verdes”, acrescentou a analista em entrevista à euronews.
Emmanuel Macron calls on Europe to be better. Now what he needs is some detail https://t.co/F0Mvxt8UwHpic.twitter.com/JfS6o0mb1x
— Bloomberg Brexit (@Brexit) September 27, 2017
Além de ter menos margem de manobra, Angela Merkel tende a ser mais comedida no espírito reformador da zona euro, para a qual Macron propõe novos instrumentos orçamentais e institucionais.
“Vou propor uma nova parceria com a Alemanha. Não concordaremos com tudo num primeiro momento, mas discutiremos tudo. Para aqueles que dizem que a tarefa é impossível, a minha resposta é que vocês se acostumaram à resignação. Eu não”, disse Macron sobre a sua confiança na disponibilidade de Angela Merkel.
Um dos testes ao eixo franco-alemão é o Brexit e a definição da futura parceria com o Reino Unido, tema de um jantar dos líderes da União Europeia, quinta-feira, na Estónia, na véspera de uma cimeira sobre a economia digital, organizada pelo país que preside rotativamente à União.