Indústria financeira tem novas regras de transparência

Para evitar alguns dos problemas da crise de 2008, as instituições financeiras são obrigadas a aplicar novas regras de transparências sobre as suas operações a partir desta quarta-feira.
A diretiva comunitária, chamada MIFID II na sigla em Inglês, visa, sobretudo, proteger os pequenos investidores e permitir melhor supervisão por parte dos reguladores.
“São ferramentas bastante fortes que podem ser usadas, mas a questão é saber se os reguladores serão suficientemente fortes par as porem em prática e reprimirem os agentes irresponsáveis dos mercados financeiros”, disse, à euronews, Marc-Olivier Herman, coordenador de justiça financeira na Oxfam.
Sprawling new rules governing the financial services industry — known as Mifid II — come into force today and it has not gone without a hitch. Here is the latest https://t.co/stKAJ6xuFopic.twitter.com/Yih5Y3YrHA
— Financial Times (@FinancialTimes) January 3, 2018
Bancos e outras empresas de gestão financeira terão de divulgar mais informação aos clientes sobre custos e riscos dos produtos financeiros.
“Os bancos fizeram muitos investimentos para cumprir as novas regras, nomeadamente nos sistemas informáticos, bem como na formação dos funcionários, no tipo de produtos e na documentação. Foi algo que custou muito dinheiro mas o principal objetivo é aumentar a proteção dos clientes e apoiamos esse objetivo”, referiu, à euronews, Isabelle Marchand, porta-voz da FEBELFIN (associação da indústria financeira belga).
If you’re not up to speed yet, good MiFiD II explainer here https://t.co/vAV4yJcEyf
— Thomas Biesheuvel (@tbiesheuvel) January 2, 2018
Estima-se que esses custos atinjam os dois mil milhões de euros, globalmente.
A legislação atualiza as regras de 2007 e está transposta para a lei nacional de apenas 11 dos 28 Estados-membros da União Europeia, sendo que Portugal prevê concluir o processo até ao final de janeiro.