A chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, enumerou os casos de violação de direitos humanos na Turquia, quinta-feira, em Estrasburgo, na sessão em que o Parlamento Europeu aprovou uma resolução que condena esses abusos.
O Parlamento Europeu aprovou uma resolução que condena as violações dos direitos humanos na Turquia, apela ao levantamento do Estado de emergência e recomenda cortes no financiamento europeu no quadro das negociações para entrada do país na União Europeia.
"Continuam a ser violados os direitos humanos de figuras proeminentes da sociedade civil"
Chefe da diplomacia da UE
"Houve alguns pequenos passos em certos casos de direitos humanos, mas continuam a ser violados os direitos humanos de figuras proeminentes da sociedade civil, utilizadores das redes sociais, pessoal médico e poderia continuar a ler a lista", disse Federica Mogherini, chefe da diplomacia da União Europeia, durante a sessão plenária, quinta-feira, em Bruxelas.
Os eurodeputados criticam o facto do governo turco não aceitar que parte da sociedade civil se oponha à intervenção militar contra forças curdas na região síria de Afrin. A operação "Ramo de oliveira" começou a 20 de janeiro.
"O Parlamento Europeu quer pressionar o governo de Ancara a assumir as suas responsabilidades, de uma forma mais direta do que costumam fazer os Estados-membros e a Comissão Europeia, que optam por uma linguagem mais diplomática. Para o Parlamento Europeu, a tentativa de golpe de Estado serve como pretexto para silenciar a oposição, por isso, exige ao governo turco que liberte imediata e incondicionalmente todos os detidos sem provas concretas", acrescentou Gulsum Alan, correspondente da euronews em Bruxelas.