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Caso Skripal: UE expressa solidariedade com o Reino Unido

Federica Mogherini, chefe da diplomacia da União Europeia
Federica Mogherini, chefe da diplomacia da União Europeia Direitos de autor REUTERS/Remo Casilli
Direitos de autor REUTERS/Remo Casilli
De  Isabel Marques da Silva com Lusa
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Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia aprovaram, por consenso, uma declaração mostrando solidariedade com o Reino Unido no caso do ataque ao ex-espião russo e à sua filha com um gás de nervos, alegadamente de produção russa.

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A União Europeia expressou a sua solidariedade incondicional com o Reino Unido no caso do ataque ao ex-espião russo e à sua filha com um gás de nervos, alegadamente de produção russa.

Uma declaração nesse sentido foi aprovada pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, reunidos, segunda-feira, em Bruxelas.

"Várias questões políticas estão claramente expressas nesta declaração. Em primeiro lugar, que há unidade na União Europeia. Penso que muitos apostaram que enfrentaríamos divisões e dificuldades. Foi preciso menos de uma hora para fazer a ronda completa de intervenções, com os 28 países a expressarem solidariedade e a concordarem com o texto. Em segundo lugar, há uma total consenso na condenação do ataque", disse Federica Mogherini, chefe da diplomacia da União Europeia.

O documento vai mais longe, pedindo "à Rússia que responda, urgentemente, às questões levantadas pelo Reino Unido e pela comunidade internacional e que forneça, imediatamente e de forma completa, os dados sobre o seu programa Novichok à Organização para a Proibição de Armas Químicas."

O ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Didir Reynders, também insistiu nesta ideia de responsabilização do regime de Moscovo, no dia seguinte à reeleição do Presidente Vladimir Putin.

"A solidariedade é total com nossos parceiros britânicos, mas também desejamos que haja progressos na verificação dos factos que foram constatados. Também queremos assegurar que a Rússia respeita, efetivamente, os seus compromissos ao nível do uso e armazenamento de armas químicas", afirmou Reynders.

Mais direto foi Manfred Weber, presidente do Partido Popular Europeu (o maior do Parlamento Europeu), afirmando que "Putin está a liderar uma guerra moderna contra o Ocidente. Houve uma linha que foi atravessada. Os europeus devem acordar e deixar de ser ingénuos: o nosso estilo de vida está sob ataque. Temos que nos defender".

Para o chefe de diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, "esta manifestação de solidariedade com o Reino Unido e os termos em que ela é feita já são por si só a prova de que não se trata apenas de uma relação bilateral entre o Reino Unido e a Rússia, é uma questão que envolve toda a União Europeia".

"Insisto que é a primeira vez desde o fim da II Guerra Mundial que é realizado um ataque com armas químicas em solo europeu", reforçou Augusto Santos Silva.

Sobre a reeleição, no domingo, de Vladimir Putin, como Presidente, o ministro português disse encará-la "sem surpresa nenhuma", e recordou aquela que tem sido a posição do Governo português e da UE relativamente às relações com Moscovo, que é para continuar a ser seguida.

"Portugal, como a generalidade dos países da UE e a UE como tal, defende um relacionamento com a Federação Russa assente em duas vias fundamentais e complementares entre si: a firmeza na defesa dos nossos interesses e da nossa segurança enquanto europeus, de um lado, e, do outro lado, um diálogo político permanente, regular e tão construtivo quando possível com a Federação Russa, designadamente nas áreas onde há interesses convergentes, designadamente na defesa de ambas contra o terrorismo", disse.

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