A segurança energética foi um ponto alto na cimeira União Europeia-Ucrânia, segunda-feira, em Bruxelas. O Presidente da Ucrânia tenta impedir o progresso da construção do gasoduto Nord Stream 2, que deverá levar gás diretamente da Rússia para a União Europeia, contornando o seu país.
A Comissão Europeia não considera que o Nord Stream 2 seja estratégico para a segurança energética da UE
Analista político, Bruegel
A segurança energética foi um dos pontos-chave da cimeira União Europeia-Ucrânia, segunda-feira, em Bruxelas.
O Presidente da Ucrânia tenta impedir o progresso da construção do gasoduto Nord Stream 2, que deverá levar gás diretamente da Rússia para a União Europeia, contornando o seu país.
Petro Poroshenko recordou que a Rússia ocupou parte da Ucrânia e explicou a sua objeção: "Este não é um projeto comercial, não é um projeto lucrativo do ponto de vista económico. Este é, decididamente, um projeto geopolítico que tenta enfraquecera Ucrânia".
O novo gasoduto, que atravessa o mar Báltico, desviaria o abastecimento do território ucraniano, por onde passa agora 40 por cento do gás russo que chega à Uniao Europeia.
A Ucrânia poderá perder receitas equivalentes a 3% da riqueza nacional. A União Europeia deverá atender a este pedido, segundo um analista politico.
"A Comissão Europeia já repetiu muitas vezes que não considera que o gasoduto Nord Stream 2 seja estratégico para a segurança energética da UE. O interesse da UE é continuar a apoiar a Ucrânia e, por conseguinte, a salvaguardar o trânsito de gás e a garantir as receitas do governo ucraniano", disse Simone Tagliapietra, do centro de estudos Bruegel, em Bruxelas.
Mas há divisões entre os Estados-membros: alguns países, nomeadamente a Alemanha, parecem tentados a privilegiar as necessidades energéticas de suas indústrias. E isto sem ter de violar a atual política de sanções contra a Rússia.