Projeto tem oposição da maior parte dos países da União Europeia e dos EUA
O projeto do gasoduto Nord Stream 2, que vai ligar a Rússia à Alemanha através do fundo do Mar Báltico, está longe de gerar consenso. Para alguns a energia pode vir a ser usada como "arma política."
Vários países, como a Ucrânia - que receia perder os lucros com o gás russo - manifestaram-se contra a iniciativa.
Esta segunda-feira, o ministro alemão da Economia, Peter Altmaier, deixou claro que o objetivo de Berlim é permitir projetos de infraestrutura privada e proteger ao mesmo tempo os interesses da Ucrânia. Um discurso alinhado com o compromisso de Angela Merkel de assegurar que Kiev continua a beneficiar das taxas de trânsito de gás.
"O que a chanceler Angela Merkel disse reflete a nossa vontade de combinar ambas as coisas. Por um lado a possibilidade e necessidade de projetos de infraestrutura privada e por outro os interesses, justificados, de abastecimento e segurança da Ucrânia. A Europa tem responsabilidade," sublinhou o ministro alemão da Economia durante uma conferência de imprensa conjunta com o comissário europeu da União da Energia, Maroš Šefčovič.
O projeto Nord Stream 2 envolve a construção de dois gasodutos. Vai contornar estados de trânsito como a Ucrânia, Bielorrússia, Polónia e outras nações da Europa Oriental e do Báltico. O custo total está estimado em 9,5 mil milhões de euros.