União Europeia dividida sobre Venezuela
A União Europeia mostra-se dividida sobre o novo capítulo da crise na Venezuela.
Portugal alinhou com a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, que voltou a pedir eleições livres, mas não se pronunciou sobre a autoproclamação de Juan Guaidó como Presidente do país.
Já França apoia a decisão do jovem presidente do Parlamento venezuelano e o mesmo fez Donald Tusk. No Twitter, o presidente do Conselho Europeu disse que: "Ao contrário de Maduro, a assembleia parlamentar, incluindo Juan Guaidó, tem um mandato democrático dados pelos cidadãos venezuelanos".
O presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, apoia Guaidó, mas uma eurodeputada socialista espanhola, Iratxe García, defendeu maior neutralidade:
"Temos de agir de forma muito responsável, é um momento delicado. A União Europeia não deve contribuir para agravar a situação, mas para encontrar uma solução e isso só se consegue através das urnas".
Já o grupo do centro-direita considera que esta é uma nova oportunidade para acabar com o impasse e afastar o Presidente comunista Nicolás Maduro.
"Penso que quem se autoproclamou foi Nicolás Maduro, e não Juan Guadió, que pode assumir-se como Presidente. Até que sejam convocadas eleições livres, a Constituição permite-lhe assumir o cargo interinamente", disse Teresa Jiménez-Becerril, eurodeputada espanhola.
O grupo que agrega as forças comunistas e de esquerda radical no Parlamento Europeu (GUE/NGL) criticou o que classifica como um "golpe de Estado" de Juan Guaidó.