Minorias continuam pouco representadas no PE

Minorias continuam pouco representadas no PE
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De  Isabel Marques da Silva
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O Parlamento Europeu têm membros de 28 nacionalidades, mas apenas 13 países elegeram eurodeputados com origem em minorias étnicas. O alerta é da Rede Europeia contra o Racismo, que analisou os resultados das eleições europeias e que avisa que a situação ainda ficará pior depois do Brexit.

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Sajid Karim é um eurodeputado britânico de origem paquistanesa e é um dos 18 não brancos entre os atuais 751 membros do Parlamento Europeu, algo que considera chocante.

“Penso que é uma grande vergonha que nos dias de hoje nos encontremos numa situação em que muitas das nossas instituições - tanto a nível nacional como europeu - simplesmente não refletem as sociedades que escolhem representar. Enquanto assim for, haverá um défice na nossa democracia”, disse Sajid Karim à euronews.

O britânico não foi reeleito pelo Partido Conservador, que ficou em quinto lugar e só elegeu quatro pessoas, mas o Reino Unido é um dos países que costuma ter uma presença étnica mais diversificada no Parlamento Europeu.

Confrontar os partidos

A Rede Europeia contra o Racismo analisou os resultados das últimas eleições e diz que há uma representação de 5%, equivalente a 36 eurodeputados, quando essas minorias constituem 10% da população da UE.

A organização diz que cabe aos mais 400 milhões de eleitores fazerem pressão junto dos políticos.

"Tudo depende de confrontarmos os partidos nacionais com as suas responsabilidades. Se deixarmos claro que a igualdade e a diversidade são uma prioridade, e que votamos com base nisso, então vão ter de mudar a forma como elaboram as listas de candidatos. Precisamos que isso aconteça em países tais como a Bélgica que elegeu poucas pessoas de minorias porque não estavam no topo das listas", explicou, à euronews, Sarah Chandler, ativista da Rede.

Quando se concretizar o Brexit, os sete eurodeputados britânicos com origem em minorias étnicas abandonarão os assentos, reduzindo ainda mais a diversidade.

Outras instituições comunitárias, tais como a Comissão Europeia e o Conselho Europeu, ainda têm piores quadros nesta matéria, estimando-se que apenas 1% dos funcionários pertençam a minorias étnicas.

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