O ano de 2019 também está entre os anos mais quentes, com vagas de calor extremo relacionadas com as alterações climáticas e com as emissões de gases com efeitos de estufa.
Os números oficiais confirmam: foi o mês de junho mais quente de sempre na Europa. A vaga de calor bateu recordes em vários países, com os termómetros a subir até aos 45º C. As temperaturas médias estiveram 2°Celsius acima do normal.
O final de mês de junho foi excepcionalmente quente comparado com a média durante o período de referência de 1981 a 2010. Assistiram-se a temperaturas de 6 a 10°C acima do normal na maior parte de França e Alemanha, norte da Espanha, norte da Itália, Suíça, Áustria e República Checa. Os altos níveis de ozono, medidos pelo Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas Copernicus, contribuiram para o calor.
"Há coisas que podem ser feitas em relação às fontes de emissões. É por isso que em várias cidades - de França, mas também de outros países da Europa - existem restrições ao tráfego e é exatamente isso que precisa de ser feito. Se reduzirmos as emissões de ozono é possível aliviar o problema. A curto prazo, para evitar que as coisas se agravem, uma boa medida é reduzir o trânsito." explica Vincent-Henri Peuch, do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas Copernicus.
As alterações climáticas terão, provavelmente, adicionado 4°C à onda de calor, segundo um estudo da Estudo da World Weather Attribution. E a Organização Meteorológica Mundial disse que 2019 está entre os anos mais quentes, com extremos de calor ligados às consequências das emissões de gases com efeitos de estufa.