"Breves de Bruxelas": peritos reagem à aprovação de von der Leyen

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De  Joao Duarte Ferreira
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O que é que os peritos pensam da nova presidente da Comissão Europeia?

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Ursula von der Leyen não é apenas a primeira mulher à frente da Comissão Europeia.

Ela colocou a igualdade de género no centro do seu programa.

A euronews visitou a organização que defende os direitos das mulheres a nível europeu para obter reações.

Tudo sugere que aqui reina o otimismo. Não só ela prometeu o mesmo número homens e mulheres no colégio de comissários como propôs ainda que a violência contra as mulheres fosse incluída na lista de crimes definidos pelos Tratados Europeus.

"Ficamos muito satisfeitas com essa proposta de Ursula von der Leyen porque para nós é importante reconhecer este tópico e a importância de colocar um ponto final na violência contra as mulheres. Colocar isto nos Tratados europeus significa que está aberto o caminho à criação de diretivas destinadas a combater a violência contra as mulheres", defende Joanna Maycock, secretária-geral do grupo que defende os interesses das mulheres a nível europeu, European Women’s Lobby.

Outro ponto importante da agenda de von der Leyen é o ambiente.

Ela disse que iria preparar um novo pacote verde para a Europa nos primeiros 100 dias do mandato e anunciar um corte importante nas emissões de CO2.

Mas os ambientalistas não estão totalmente convencidos.

"Se a União Europeia quer mesmo contribuir de forma justa para o corte das emissões a nível global, terá que reduzir as emissões em 65% até 2030. O objetivo de 50% fica aquém do desejado", adverte Franziska Achterberg da organização Greenpeace.

O discurso da nova responsável da comissão europeia teve igualmente um lado social bastante forte.

Von der Leyen falou em criar um salário mínimo europeu assim como um regime de resseguro para o subsídio de desemprego.

Quanto aos negócios, von der Leyen não fez grandes promessas. Mas os representantes do setor compreendem porquê.

"Tratou-se de um discurso que aludiu mais aos tópicos que lhe iriam fazer ganhar votos.
É normal pois trata-se de um processo político. O que podemos esperar agora é que ela venha a abordar os pontos cruciais para a concorrência económica, que isto se torne claro e detalhado.
É isso que esperamos e penso que é o que vai acontecer", afirma Markus J. Beyre, da organização BusinessEurope.

Muitos defendem que se tratou de um discurso feito a pensar nos sociais-democratas e nos liberais.

Mesmo assim, não foi um sucesso total como prova a estreita margem com que conseguiu a vitória.

Agora terá que conquistar a confiança daqueles que não votaram nela e compor um colégio de comissários equilibrado.

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