Peritos adiam proibição total do comércio de marfim

Apesar da pressão dos ativistas em defesa dos elefantes, não foi decretada a proibição total do comércio de marfim durante a reunião da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, quinta-feira, na Suíça.
Importantes mercados como a União Europeia e Japão vão continuar a comercializar marfim que respeite as leis em vigor, apesar do alerta de que tal continua a alimentar a caça furtiva de elefantes.
"As medidas da União Europeia não são totalmente eficazes, na nossa opinião. Há falhas legislativas, nomeadamente em relação ao que é conhecido como marfim esculpido, que já foi transformado noutras peças", explicou, à euronews, Matthew Collis, diretor de Política Internacional do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal.
"Em teoria, se a peça for considerada uma antiguidade, pode ser vendida na União Europeia, mas muitas vezes não há provas de que se trata, realmente, de uma antiguidade. Esse é o tipo de oportunidades que os criminosos aproveitam para traficar marfim ilegal em todo o mundo. É, por isso, crucial que sejam encerrados os mercados legais ou ilegais que existem atualmente, mas precisamos de maior inspeção", acrescentou.
Um estudo recente mostrou que cerca de um quinto dos objetos de marfim comercializados foram produzidos com base nos dentes de elefantes mortos após 1990, quando foi decretada a proibição do comércio de peças produzidas depois de 1947.
Estados Unidos, Reino Unido e China são países que baniram totalmente o comércio de marfim.