O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, afirmou estar disponível para participar em eleições abrangentes a todo o território palestiniano.
A Autoridade Nacional Palestiniana congratulou-se com a decisão de o Hamas entrar para a corrida eleitoral no país. A participação do partido islâmico que controla a Faixa de Gaza foi vista como um passo importante para a reconciliação, ao fim de 12 anos, com a Fatah, o partido que governa a Cisjordânia.No entanto, outra questão permanece: Israel.
"Precisamos que Israel concorde, para que Jerusalém faça parte", afirmou o primeiro-ministro palestiniano, Mohammed Shtayyeh.
Mas Israel, apesar de várias resoluções em sentido contrário por parte das Organização das Nações Unidas (ONU), continua a considerar como capital do país toda a cidade de Jerusalém. Uma postura que, para a ONU, vai continuar a gerar instabilidade na região.
De acordo com o enviado especial da ONU para o Médio Oriente, Nickolay Mladenov, "a ocupação continua e não foi feito nenhum progresso para chegarmos a uma solução negociada entre os dois estados. É uma tragédia multigeracional para os povos desta terra".
A Autoridade Palestiniana gere apenas uma parte da Cisjordânia. 60% do território permanece sob controlo militar e civil israelita. Desde 2006, não há eleições presidenciais nem legislativas para escolher representantes palestinianos.