Principais desafios da NATO aos 70 anos

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De  Isabel Marques da SilvaAndrei Beketov
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A cimeira da NATO, em Londres, que começa esta quarta-feira, visa celebrar o 70 aniversário da organização, mas há convidados que podem ensombrar a festa, refere Kristine Berzina, analista do centro de estudos German Marshall Fund.

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A cimeira da NATO, em Londres, que começa esta quarta-feira, visa celebrar o 70 aniversário da organização, mas há convidados que podem ensombrar a festa, refere Kristine Berzina, analista do centro de estudos German Marshall Fund.

"Há três presidentes que vamos acompanhar mais de perto: o norte-americano Trump é um deles, como acontece em todas as cimeiras desde que chegou à Casa Branca. Mas agora juntam-se o presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan".

"Estes dois parecem, agora, ter adotado traços do estilo e comportamento controverso pelo qual o presidente Trump se tornou famoso. Nesta cimeira de Londres, estou menos preocupada com o presidente Trump, que provavelmente atuará como estadista já que está prevista uma recepção no palácio de Buckingham com a Rainha de Inglaterra", acrescentou.

O presidente francês falou da "morte cerebral" da NATO por causa de decisão do presidente turco de intervir na Síria sem consultar os aliados, mas há outros desafios para a NATO.

"Um das questões em causa é o que fazer em relação à Rússia? No momento em que o presidente francês, Emmanuel Macron, pede uma revisão estratégica da NATO, também pede uma redefinição das relações com a Rússia. Isso é algo que não vai agradar a muitos aliados, principalmente no leste europeu, já que a manutenção do conflito na Ucrânia não justifica ter um relacionamento diferente com a Rússia", explicou Kristine Berzina.

"Também se vão debater os temas da China e do terrorismo. No segundo tema, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, gostaria que os aliados aceitassem como válidas as suas preocupações com ameaças terroristas vindas na Síria e que a vissem a sua abordagem como similar aos planos de defesa da aliança no leste, contra a Rússia", concluiu.

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