A Europa e as grandes tendências

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De  Joao Duarte Ferreira
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Um olhar sobre os acontecimentos que marcaram a vida política na Europa em 2019

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Após uma década de turbulência política na Europa, 2019 foi um ano marcado por múltiplas eleições.

Da Dinamarca à Roménia, da Espanha ao Reino Unido, milhões de eleitores ajudaram a redefinir regiões, países e a própria União Europeia.

Por isso viemos visitar uma Europa em miniatura para fazer o ponto da situação.

Em maio mais de 200 milhões de eleitores participaram nas eleições para o Parlamento Europeu, a afluência às urnas ultrapassou os 50% o que não acontecia há décadas.

O resultado foi um parlamento mais fraturado e dividido - o PPE de centro-direita e os socialistas de centro esquerda perderam a maioria combinada.

Quem saiu a ganhar foi a direita populista e os Verdes na Europa Ocidental.

Um país que tem enfrentado dificuldades é a Espanha.

Quatro eleições em quatro anos, duas este ano - as quais produziram resultados idênticos.

O primeiro-ministro Pedro Sanchéz passou meses a tentar formar uma coligação sem sucesso.

As eleições de novembro não produziram uma maioria e a extema-direita representada pelo Vox saiu reforçada. Tudo isto sob o pano de fundo da Catalunha. A turbulência política em Espanha está longe de terminar.

O Reino (des)unido deveria ter saído da União Europeia este ano mas também aqui predominou a incerteza sobre o tipo de Brexit, ou mesmo sobre a própria saída. Foi isso que custou o cargo a Theresa May que foi substituída por Boris Johnson.

Depois de ter conseguido um novo acordo com a União Europeia, a ausência de maioria parlamentar bloqueou o processo e os britânicos foram chamados às urnas.

A vitória dos conservadores, a maior desde 1987, colocou um ponto final na incerteza. Tudo sugere que o país sairá da União Europeia no final de janeiro.

Mas a situação em Itália não ficou atrás. Este ano Salvini foi afastado do governo mas a sua popularidade permanece elevada.

O antigo parceiro de coligação, o Movimento Cinco Estrelas, juntou-se ao centro esquerda.

Mas a Liga de Salvini obteve ganhos a nível local e mantém grandes diferenças políticas relativamente ao governo, tudo isto poderá levar a eleições em 2020.

Na Alemanha os Verdes e a extrema-direita representada pela AfD conquistaram terreno, a coligação de centro-esquerda liderada por Angela Merkel está em perigo.

A nova liderança do SPD não parece interessada num acordo e, como tal, a mais estável das democracias poderá enfrentar turbulência no próximo ano.

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Quanto à França e ao homem que se vê como o novo líder da Europa, Emmanuel Macron enfrentou este ano os desafios dos coletes amarelos e das greves.

Dezembro foi um mês marcado por greves gerais e nada faz antever um compromisso em breve - apenas mais gás lacrimogéneo nas ruas.

Entretanto, a leste, o Partido da Lei e Justiça manteve o poder na Polónia mas cresce o descontentamento em torno do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que perdeu o controlo da capital, Budapeste, assim como de outras cidades.

Na Roménia, alegações de corrupção levaram à queda do governo.

Enquanto a Albânia e a Macedónia do Norte viram interrompido o processo de acesso à União Europeia.

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O que parece certo é que ninguém pode acusar os políticos de serem aborrecidos, algo que se vai prolongar no próximo ano.

Será que a Alemanha vai a votos? E a Grã-Bretanha abandonará mesmo a União Europeia? E o que é que o futuro reserva para Malta?

Na euronews vamos continuar a acompanhar os mais recentes desenvolvimentos.

Votos de um feliz Natal e Ano Novo.

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