Ramadão na Bélgica adapta-se ao distanciamento social

Quando comeca o mês do Ramadão, a Grande Mesquita de Bruxelas é um dos centros de atividade para a comunidade muçulmana.
Mas esta importante festa religiosa do Islamismo, que começa esta quinta-feira, vai obedecer aos constrangimentos de distanciamenro social ditados pela pandemia e que estão em vigor na Bélgica desde 14 de março.
Lahcene Hammouche é um dos ativistadas que promove o convívio multicultural e religioso com outras comunidades belgas e este ano é impossível fazer essas festas.
"Infelizmente, este ano será um pouco diferente devido às medidas de confinamento que devemos respeitar para evitar a propagação do vírus. Este ano vamos comunicar, principalmente, por meio de videoconferência e continuaremos a manter o elo com os nossos amigos judeus e cristãos", disse em entrevista à euronews..
Com medidas de distanciamento social em vigor até, pelo menos, 3 de maio, as mesquitas estarão vazias, mas os imãs vão gravar vídeos com sermões para serem transmitidos à comunidade.
“Pedimos à comunidade muçulmana que respeite as regras do confinamento, proteja os cidadãos, se proteja a si própria e ao nosso país. É verdade que estamos a enfrentar uma situação bastante difícil. É a primeira vez que celebraremos o Ramadão nessas condições e é triste", afirmou Salah Echallaoui, reitor da Grande Mesquita de Bruxelas, em entevista à euronews.
"As pessoas não podem reunir-se para orar. Mas encrajamos a comunidade muçulmana a manter o grau de solidariedade que sempre foi uma característica do mês do Ramadão e que também a ajudem os cidadãos que precisem deles", acrescentou.
Os muçulmanos belgas que trabalham na linha de frente da batalha contra o coronavírus, não deverão observar as regras estritas de jejum, a fim de melhor poderem servir a comunidade para vencer a pandemia.