Comissão Europeia quer reforço da luta contra os abusos de menores

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De  Joao Duarte Ferreira
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Comissária para Assuntos Internos acredita que a cooperação dentro e fora da Europa é o caminho a seguir

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Entre os muitos efeitos da pandemia conta-se o aumento dos casos de abuso e exploração sexual de menores.

A questão não tem sido ignorada a nível europeu e um bom exemplo do que a cooperação entre as várias forças policiais europeias consegue alcançar ocorreu no fim-de-semana passado quando a polícia alemã desmantelou uma rede suspeita de abusos contra menores.

A operação resultou em onze detenções.

Segundo a Comissária Europeia para Assuntos Internos, a situação agravou-se com as medidas de confinamento.

"Alguns indicadores sugerem que os abusos de menores estão a aumentar bastante, recebemos informações dos Estados Unidos, foram registadas quatro vezes mais queixas em abril deste ano em comparação com abril do ano passado relacionadas com abusos sexuais e tivémos informações idênticas de estados-membros da União Europeia, há sinais preocupantes de que isto explodiu durante a crise da pandemia, afirma Ylva Johansson.

A Comissão Europeia propõe agora maior cooperação não apenas na Europa mas também com os Estados Unidos.

A Comissária par Assuntos Internos adianta que "é preciso reforçar a cooperação. Isto é um fenómeno global e temos que o enfrentar em conjunto. Vemos que obtemos sucesso quando a Europol trabalha em conjunto com outras forças policiais de outros estados membros e também com as polícias de países fora da Europa. Assim é possível perseguir os criminosos e resgatar os menores. As crianças têm direitos e nós somos obrigados a protegê-las e não estamos a fazê-lo.
É uma área em que vou propor novas ideias numa futura estratégia".

A proteção da privacidade é uma área sensível que desperta preocupações tanto mais tratando-se de crianças.

A Comissária Johansson acredita que é possível encontrar um equilíbrio entre proteção e privacidade.

"Trata-se de encontrar um equilíbrio mas estou convencida de que é possível alcançar isso e proteger as crianças e a sua privacidade. Estou certa de que é possível. Por exemplo, já temos regulamentos obrigatórios para detetar fraudes em direitos de autor, por isso, se conseguimos proteger os direitos de autor, também podemos proteger as crianças", afirma Ylva Johansson.

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