Von der Leyen admite: crise pode potenciar modernização

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De  Isabel Marques da SilvaEfi Koutsokosta
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A euronews questionou resposta à pandemia e desafios na diplomacia à Presidente da Comissão Europeia após o discurso sobre o Estado da União

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Efi Koutsokosta/euronews: Uma boa parte do seu discurso foi sobre a resposta da União Europeia à pandemia, com disponibilização de milhares de milhões de euros para os Estados-membros, mas a pandemia continua presente e milhares de empresas sofrem com as restrições e o receio de uma segunda vaga. Como vai convencer os líderes nacionais a trabalharem juntos para atingir metas tão ambiciosas? Os países foram atingidos de forma diferente pela pandemia e o tipo de resposta foi cada um salva-se a si próprio.

Ursula von der Leyen/presidente da Comissão Europeia: Vimos e ainda vemos muita fragilidade e incerteza em todas as economias por causa da pandemia, Neste momento temos de viver com o vírus até termos uma vacina. A boa notícia é que a União Europeia seguiu uma proposta da Comissão de criar o Fundo Próxima Geração Europeia, no valor de 750 mil milhões de euros, para investir nas nossas economias, para que possamos não só ultrapassar a crise, mas também construir uma economia mais forte, um mercado único mais forte. Está muito claro entre os Estados-membros e a Comissão que estamos a desenhar planos de recuperação que serão nacionais, concebidos individualmente, mas que respeitam e implementam as nossas visões comuns: o Pacto Ecológico Europeu e a digitalização. É isso que possibilitará a modernização de que precisamos para conseguirmos sair da crise mais fortes do que quando entrámos.

Efi Koutsokosta/euronews: A senhora presidente foi particularmente veemente nas questões de política externa, incluindo no apoio ao povo da Bielorrússia. Mas quase todas as eleições que decorreram na Bielorrússia desde 1996 levaram a aprovação de sanções pela União Europeia. O que a faz acreditar que desta vez algo vai mudar? Vemos que o presidente Lukashenko está totalmente nas mãos da Rússia.

Ursula von der Leyen/presidente da Comissão Europeia: Os Estados-membros estão, neste momento, a debater as sanções contra os responsáveis ​pela violência após as eleições que não foram livres nem justas, tendo as pessoas manifestado-se pacificamente nas ruas. O que aprendemos com isto é que, no caso de violação dos direitos humanos, precisamos de um mecanismo para podermos impor sanções mais rapidamente e, portanto, a Comissão Europeia vai propor a adoção da lei Magnitsky para poder avançar nessa área.

Efi Koutsokosta/euronews: Não vemos a mesma reação da União Europeia no que diz respeito às sanções contra a Turquia, pais que também mencionou no seu discurso. Pensa que os líderes da União Europeia deviam impor sanções à Turquia por causa das provocações contra a Grécia e Chipre, ou teme que tal possa colocar em perigo toda a política de migração da União Europeia?

Ursula von der Leyen/presidente da Comissão Europeia: Neste momento estão negociações em curso. Fui muito clara sobre o facto de que os Estados-membros da União, Chipre e Grécia, têm a nossa total solidariedade no que diz respeito aos seus legítimos direitos de soberania. Neste momento, vemos que se fala muito nos bastidores e isso é bom porque, eventualmente, só haverá uma solução sustentável se o diálogo for retomado e se houver negociações sobre os temas em contenda.

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