UE apela à libertação de Alexei Navalny

A União Europeia considerou inaceitável a detenção do líder da oposição Alexei Navalny após o seu regresso, domingo, à Rússia, e apela à sua libertação.
"A Europa salvou a vida de Alexei Nalavlny e gostaríamos de agradecer às autoridades alemãs por tê-lo ajudado. Pedimos às autoridades russas que libertem o Sr. Navalny. A sua detenção representa uma violação dos direitos humanos e ele tem o nosso apoio", disse David Sassoli, presidente do Parlamento Europeu.
Os governos dos três Estados-membros da União Europeia na região do Báltico querem a imposição de novas sanções contra o Kremlin. Estónia, Letónia e Lituânia estão já a redigir uma proposta conjunta nesse sentido.
O Gabinete da ONU para os Direitos Humanos manifestou-se "profundamente preocupado" e pediu uma investigação imparcial.
Rússia diz que não há provas de envenenamento
Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, disse que não existem provas do envenenamento e que a comunidade ocidental não deveria acreditar apenas nas palavras de Navalny.
“Navalny disse que a Federação Russa e o presidente Putin, pessoalmente, são responsáveis por ter sido envenenado e isso é aceite no Ocidente sem qualquer problema. Mas os únicos dados que temos são o testemunho de Navalny durante os interrogatórios feitos pelas autoridades de justiça alemãs", disse Sergei Lavrov.
O tema poderá ser incluído na agenda da cimeira por videoconferência dos líderes da União Europeia, na quinta-feira. Quaisquer decisões sobre sanções deverão exigir debate mais aprofundado na reunião do conselho de ministro dos Negócios Estrangeiros, a 29 de janeiro.