Eslovénia herda presidência europeia sob críticas

A Eslovénia herda de Portugal esta quinta-feira a presidência do conselho da União Europeia.
É um desafio para um país atualmente criticado por alguns parceiros europeus por se estar a tornar alegadamente autoritário.
O primeiro-ministro Janez Jansa é visto, aliás, como um aliado do homólogo húngaro Viktor Orbán, estrela pela negativa da última cimeira europeia, onde foi pressionado pelas leis aprovadas para reprimir a comunidade LGBT na Hungria. Orbán foi encostado à parede por diversos parceiros e acabou por comparar a União Europeia a uma ditadura, que é preciso travar, disse.
A pesar contra a Eslovénia há até denuncias de repressão de meios de comunicação, à imagem do que já aconteceu também na Hungria contra jornais críticos do governo.
O presidente esloveno Borut Pahor distancia-se das posições mais incisivas do primeiro-ministro.
“Eu não partilho destas posições muito acutilantes. Já o disse muitas vezes. Claro, há muitas atividades do Governo com que não concordo, mas não posso aceitar posições muito fortes sobre o derrube da democracia. Há várias coisas possíveis de evitar para nos focarmos em questões mais importantes. Para a Eslovénia e para a Europa”, afirmou Borut Pahor.
O programa da presidência eslovena da União Europeia baseia-se em quatro prioridades: facilitar a recuperação da União Europeia e reforçar a resiliência do bloco; refletir sobre o futuro da Europa; Reforçar o Estado de Direito e os valores europeus, algo que acaba de ser exigido à Hungria; e aumentar a segurança e a estabilidade da vizinhança europeia.
O desafio está agora nas mãos dos governantes da Eslovénia. Em janeiro passa para França.