Região encontra-se em clima de alta tensão por causa da crise com a vizinha Rússia, que reforçou a presença militar ao longo da fronteira entre os dois países
**Uma delegação de alto nível de nove eurodeputados está no leste da Ucrânia para conhecer, fisicamente, a situação que se vive no terreno. **Visitaram a cidade de Mariupol, perto da fronteira com a Rússia e banhada pelo mar de Azov.
A cidade é considerada um ponto estratégico, não só pela relevância industrial mas também por albergar um importante porto.
Para os eurodeputados, a viagem de quatro dias é uma oportunidade para reforçar a solidariedade com a **Ucrânia **em pela crise com a Rússia, que reforçou o músculo militar junto à fronteira com o país vizinho.
"A situação é tensa. Na verdade, é tensa há vários anos. Mas ficámos impressionados ao perceber a calma da população [ucraniana], a resiliência, o fato de não se deixarem impressionar e de não se deixarem manipular. A Ucrânia escolheu um caminho. Tem o direito de o fazer e precisa de parceiros fiáveis. A União Europeia é um parceiro fiável da Ucrânia", sublinhou a eurodeputada francesa Nathalie Loiseau, do grupo Renovar a Europa.
David McAllister, eurodeputado alemão do grupo do Partido Popular Europeu, acrescentou: "Apelamos ao Kremlin para desanuviar a crise, para se acalmar. Precisamos reduzir a tensão e, para isso, a primeira coisa é concordar em princípios. O primeiro princípio é que não ameaçamos os outros na Europa e não usamos meios militares uns contra o outros".
Antes de rumar ao porto de Mariupol, os eurodeputados visitaram forças policiais, instituições judiciais e uma unidade militar.
Inteiraram-se da situação da segurança na chamada zona de contacto, no leste da Ucrânia, onde ficaram a par de violações contínuas do cessar-fogo com separatistas pró-russos.
Para muitos observadores, a cidade de Mariupol será o primeiro alvo da Rússia, na eventualidade de uma invasão da Ucrânia.