Presidente francês manifestou-se em Estrasburgo, nas comemorações do Dia da Europa, enquanto em Moscovo se assinalava o Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial
Em Estrasburgo, o presidente francês disse que para acabar a guerra na Ucrânia, a paz terá de ser construída sem humilhar a Rússia.
Emmanuel Macron entende que quando o conflito terminar Moscovo e Kiev terão se se sentar à mesa e negociar.
"Amanhã, teremos uma paz para construir. É preciso nunca esquecer isso. Mencionei-o anteriormente. Teremos de fazer isso com a Ucrânia e a Rússia em redor da mesa. O fim da discussão e da negociação será definido pela Ucrânia e pela Rússia, mas não será nunca será feito com base na exclusão ou com a humilhação de qualquer uma das partes", sublinhou, em conferência de imprensa, o presidente francês.
Esta segunda-feira, data em que se assinalou o Dia da Europa, Emmanuel Macron, cujo país assume a presidência rotativa da União Europeia, também apresentou a visão de uma comunidade ampla de democracias europeias, que permitiria uma cooperação mais profunda entre países não pertencentes ao bloco.
Nações como a Ucrânia e até o Reino Unido poderiam fazer parte dessa comunidade.
As propostas foram feitas no mesmo dia em que Moscovo foi palco de paradas militares para assinalar o Dia da Vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
"Penso que o dia de hoje fala por si mesmo. Por um lado, vemos um autocrata, Vladimir Putin, em Moscovo e ele teve um desfile militar. Esta é a única coisa que tem para oferecer ao seu povo. Por outro lado, no Parlamento Europeu, assistimos a uma celebração da democracia", acrescentou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A celebração da democracia contou com a apresentação das propostas da Conferência sobre o Futuro da Europa.
Uma iniciativa que se desenrolou ao longo de um ano e que deu aos cidadãos do bloco uma voz a par da oportunidade de partilharem a visão e as aspirações que têm para o futuro do continente.