"Estado da União": Os tanques ditarão o futuro da guerra na Ucrânia?

Chanceler alemão Olof Scholz num exercício militar em Ostenholz, Alemanha
Chanceler alemão Olof Scholz num exercício militar em Ostenholz, Alemanha Direitos de autor Moritz Frankenberg/(c) Copyright 2022, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
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De  Stefan GrobeIsabel Marques da Silva
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Como está isto a ser visto na Ucrânia? Sandor Zsiros entrevistou, no início desta semana, em Bruxelas, o ex-Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko (2014 a 2019).

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Face a uma constante pressão dos parceiros da União Europeia e das forças internas da oposição, o governo da Alemanha decidiu enviar tanques Leopardo 2 do seu arsenal para a Ucrânia e autorizar que outros países que os têm façam o mesmo.

A decisão final foi tomada pelo chanceler alemão Olaf Scholz e especulou-se muito sobre porque demorou tanto tempo a fazê-lo. 

Numa entrevista televisiva, o líder do governo alemão rejeitou fortemente que tenha sido uma questão interna: "Aqueles que fornecem tanques nunca o devem fazer por motivos políticos internos, mas porque é correto em termos de apoio, neste caso para a Ucrânia, que está sob ataque da Rússia. A Rússia quer conquistar todo ou parte do território desse país". 

"E também tomamos as decisões em nome da nossa própria segurança. Isto só pode ser conseguido se tivermos nervos de aço e a certeza de quando se deve avançar, em conjunto com outros", acrescentou.

Scholz agiu em estreita cooperação com os Estados Unidos. O governo de Washington acredita que enviar para a Ucrânia armas muito sofisticadas poderá permitir um importante ponto de viragem na guerra. Outros países vão enviar, também, mais armamento.

Como está isto a ser visto na Ucrânia? Será que vêem a última ronda de apoio militar como um marco importante? Sandor Zsiros entrevistou, no início desta semana, em Bruxelas, o ex-Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko (2014 a 2019).

"Desde o início, os parceiros ocidentais disseram que iriam ajudar a Ucrânia a sobreviver. Já não dizem isso. Agora, juntos, devemos vencer. E compreende-se a diferença. E o que significa uma vitória? Para alguns, uma vitória ucraniana é ter a bandeira ucraniana acima do Kremlin. Para outros ucranianos, é a bandeira ucraniana estar no Donbass e na Crimeia. Para mim, a vitória é uma situação de segurança sustentável na Europa, para não haver o perigo de um ataque do louco e maníaco Putin a qualquer nação europeia", disse Poroshenko.

(Veja a entrevista na íntegra em vídeo)

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