"Estado da União": UE está a "amarrar-se" aos combustíveis fósseis?

Alguns países europeus apostaram num acordo sobre energia eólica no Mar do Norte
Alguns países europeus apostaram num acordo sobre energia eólica no Mar do Norte   -  Direitos de autor  Jens Dresling/AP
De  Stefan Grobe  & Isabel Marques da Silva

A euronews falou com Silvia Pastorelli, especialista em política climática e energética da Greenpeace, sobre o alegado "desastre dos combustíveis fósseis".

No esforço para aumentar o combate às alterações climáticas e a independência energética, alguns países europeus apostaram num acordo sobre energia eólica, esta semana, assinado na cidade portuária belga de Ostende.

Nove países com ligação ao Mar do Norte decidiram aumentar a capacidade dos parques eólicos offshore até 300 gigawatts em 2050.

Apesar destas iniciativas, os esforços para substituir o gás russo, no ano passado, levaram a um aumento do investimento e expansão das importações e infraestruturas de gás de origem fóssil, com consequências potencialmente devastadoras para o Pacto Ecológico Europeu.

Esta é a acusação que a Greenpeace fez num relatório apresentado esta semana, intitulado "Quem lucra com a guerra: como as empresas de gás capitalizam a guerra na Ucrânia".

A euronews falou com Silvia Pastorelli, especialista em política climática e energética da Greenpeace, sobre o alegado "desastre dos combustíveis fósseis".

"A resposta da União Europeia a uma crise energética de curto prazo foi amarrar-nos a longo prazo aos combustíveis fósseis, com contratos de gás para uma década. O nosso estudo conclui que os governos planeam construir infraestruturas para importação de gás natural liquefeito que poderão aumentar as emissões de gases com efeito de estufa  para 950 milhões de toneladas de CO2, por ano", referiu Silvia Pastorelli.

(Veja a entrevista na íntegra em vídeo)

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