Entrada da Ucrânia na NATO debatida pela Comunidade Política Europeia

Foto de família de participantes na cimeira na Moldova
Foto de família de participantes na cimeira na Moldova Direitos de autor AP
De  Efi KoutsokostaIsabel Marques da Silva, Ana Lázaro
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A segunda cimeira da Comunidade Política Europeia juntou 45 dirigentes de países europeus e três líderes de instituições comunitárias no Castelo Mimi em Bulboaca, a 35 quilómetros da capital da Moldova, Chisinau, e a perto de 20 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.

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Na fotografia de família é importante ver quem apareceu e quem faltou à chamada. Ficarm no retrato 47 líderes europeus, incluindo Volodimyr Zelensky, presidente da Ucrânia. Não ficou o presidente da Turquia, que era esperado, esta quinta-feira, na Moldova, mas que cancelou.

Esta foi a segunda reunião da Comunidade Política Europeia, plataforma informal de países que partilham os valores dos 27 da União Europeia (UE). A resposta unificada à agressão russa na Ucrânia dominou os trabalhos.

A mensagem de Zelensky não diferiu da que tem pronunciado muitas vezes, nas suas intervenções por videoconferência ou quando se desloca a outros países: a Ucrânia quer entrar na UE e na NATO.

"Cada dúvida que demonstramos aqui, na Europa, é uma trincheira que a Rússia tentará, definitivamente, ocupar. Quer se trate de dúvidas sobre medidas vitais de segurança ou dúvidas sobre a nossa unidade, ou talvez sobre a nossa capacidade de enfrentar os desafios do nosso tempo, cada dúvida traz mais insegurança", disse o presidente ucraniano aos homólogos.

"Um sinal de esperança"

Mas não vai ser fácil, porque nem todos os membros da Aliança Atlântica estão de acordo com essa entrada. A reação do regime de Putin poderia ser desastrosa para a segurança imediata no continente.

A líder da Estónia, Kaja Kallas, considera que é também uma carta a jogar durante eventuais negociações de paz: "Penso que isto é importante para dar esperança aos ucranianos e também para mostrar à Rússia que apoiamos a Ucrânia e que o lugar da Ucrânia é na NATO". 

"É claro que todos compreendem que isto não pode acontecer enquanto a guerra estiver a decorrer. Mas é importante dar um sinal muito claro de que a Ucrânia pertence à NATO e que nós apoiamos a Ucrânia", acrescentou a primeira-ministra, em declarações à euronews.

A primeia cimeira decorreu na Chéquia, um Estado-membro da UE, mas a escolha do local da segunda tem um importante simbolismo político.

A ideia é que os países que se querem aproximar, tais como a Modova, ex-república soviética, sejam vistos como tendo o apoio de toda a Comunidade Política Europeia.

A Moldovae tem o estatuto de candidato à União desde junho de 2022, quando também foi dado à Ucrânia.

"O próximo passo é tentar chegar a um consenso sobre o que oferecer exatamente à Ucrânia daqui a seis semanas, quando os líderes da NATO se reunirem em Vilnius, na Lituânia. Embora a França tenha dado alguns passos em termos de redação do texto, apelando a que seja concedido à Ucrânia um caminho claro para a adesão, tal não é partilhado pela a Alemanha, que quer ser cautelosa sobre qualquer calendário concreto", explica Efi Koutsokosta, enviada da Euronews à cimeira.

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