A segunda cimeira da Comunidade Política Europeia juntou 45 dirigentes de países europeus e três líderes de instituições comunitárias no Castelo Mimi em Bulboaca, a 35 quilómetros da capital da Moldova, Chisinau, e a perto de 20 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.
Na fotografia de família é importante ver quem apareceu e quem faltou à chamada. Ficarm no retrato 47 líderes europeus, incluindo Volodimyr Zelensky, presidente da Ucrânia. Não ficou o presidente da Turquia, que era esperado, esta quinta-feira, na Moldova, mas que cancelou.
Esta foi a segunda reunião da Comunidade Política Europeia, plataforma informal de países que partilham os valores dos 27 da União Europeia (UE). A resposta unificada à agressão russa na Ucrânia dominou os trabalhos.
A mensagem de Zelensky não diferiu da que tem pronunciado muitas vezes, nas suas intervenções por videoconferência ou quando se desloca a outros países: a Ucrânia quer entrar na UE e na NATO.
"Cada dúvida que demonstramos aqui, na Europa, é uma trincheira que a Rússia tentará, definitivamente, ocupar. Quer se trate de dúvidas sobre medidas vitais de segurança ou dúvidas sobre a nossa unidade, ou talvez sobre a nossa capacidade de enfrentar os desafios do nosso tempo, cada dúvida traz mais insegurança", disse o presidente ucraniano aos homólogos.
"Um sinal de esperança"
Mas não vai ser fácil, porque nem todos os membros da Aliança Atlântica estão de acordo com essa entrada. A reação do regime de Putin poderia ser desastrosa para a segurança imediata no continente.
A líder da Estónia, Kaja Kallas, considera que é também uma carta a jogar durante eventuais negociações de paz: "Penso que isto é importante para dar esperança aos ucranianos e também para mostrar à Rússia que apoiamos a Ucrânia e que o lugar da Ucrânia é na NATO".
"É claro que todos compreendem que isto não pode acontecer enquanto a guerra estiver a decorrer. Mas é importante dar um sinal muito claro de que a Ucrânia pertence à NATO e que nós apoiamos a Ucrânia", acrescentou a primeira-ministra, em declarações à euronews.
A primeia cimeira decorreu na Chéquia, um Estado-membro da UE, mas a escolha do local da segunda tem um importante simbolismo político.
A ideia é que os países que se querem aproximar, tais como a Modova, ex-república soviética, sejam vistos como tendo o apoio de toda a Comunidade Política Europeia.
A Moldovae tem o estatuto de candidato à União desde junho de 2022, quando também foi dado à Ucrânia.
"O próximo passo é tentar chegar a um consenso sobre o que oferecer exatamente à Ucrânia daqui a seis semanas, quando os líderes da NATO se reunirem em Vilnius, na Lituânia. Embora a França tenha dado alguns passos em termos de redação do texto, apelando a que seja concedido à Ucrânia um caminho claro para a adesão, tal não é partilhado pela a Alemanha, que quer ser cautelosa sobre qualquer calendário concreto", explica Efi Koutsokosta, enviada da Euronews à cimeira.