Líder espanhol adia discurso sobre presidência da UE

Os socialistas, partido do chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, teve um resultado dececionante nas eleições locais
Os socialistas, partido do chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, teve um resultado dececionante nas eleições locais Direitos de autor European Union, 2023.
Direitos de autor European Union, 2023.
De  Jorge LiboreiroIsabel Marques da Silva
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O chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, decidiu adiar um discurso de alto nível perante o Parlamento Europeu, no qual deveria revelar as prioridades da próxima presidência espanhola do Conselho da União Europeia (UE).

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O discurso do chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, estava  previsto para 13 de julho e foi adiado para setembro. A decisão foi tomada à luz das eleições gerais antecipadas, a 23 de julho, que o líder espanhol convocou, na segunda-feira, na sequência do desempenho dececionante do partido socialista nas eleições locais e regionais do fim-de-semana.

A Espanha assumirá a presidência rotativa do Conselho da UE a 1 de julho, substituindo a Suécia,  e Sánches adiou o discurso porque estará em campanha eleiitoral.

O cargo não confere poderes executivos, mas permite ao governo desse país estabelecer a ordem de trabalhos, organizar reuniões, dirigir as negociações, redigir textos de compromisso, organizar votações e falar com as outras instituições da UE.

É habitual o líder do país que preside proferir um discurso perante o Parlamento Europeu e apresentar as prioridades políticas para o mandato de seis meses.

A decisão de Sánchez lança novas dúvidas sobre a capacidade da Espanha para cumprir, efetivamente, as responsabilidades associadas à presidência, uma vez que o governo estará imerso na campanha eleitoral.

As autoridades espanholas insistem que a presidência prosseguirá como planeado, com um grau absoluto de normalidade, mesmo que o executivo mude de cor política.

Um porta-voz do Parlamento Europeu confirmou que a presidente Roberta Metsola tinha recebido o pedido de Sánchez, na sexta-feira de manhã.

O Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, tinha anteriormente solicitado a Metsola que adiasse o discurso do primeiro-ministro, tendo em conta as eleições antecipadas.

O PPE está a apostar no seu afiliado espanhol, o Partido Popular, liderado por Alberto Núñez Feijóo, para ganhar as eleições gerais e retirar Sánchez e a sua coligação de esquerda do poder.

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