Ucrânia está a avançar nas reformas para entrar na UE

A possível entrada da Ucrânia na União Europeia foi um dos motivos que levou a Rússia a invadir o país
A possível entrada da Ucrânia na União Europeia foi um dos motivos que levou a Rússia a invadir o país Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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De  Isabel Marques da Silva
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Apesar da guerra, a Ucrânia está a avançar nas reformas para entrar na União Europeia (UE), segundo um relatório apresentado pela Comissão Europeia, quinta-feira, ao Conselho da UE, que também inclui avaliações sobre a Moldova e a Geórgia.

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A Ucrânia ainda tem muito trabalho pela frente na sua caminhada para entrar na UE, apesar de se terem registado progressos. De acordo com um relatório da Comissão Europeia, apresentado esta quinta-feira, ao Conselho da UE, foram asseguradas duas das sete condições necessárias para iniciar as negociações.

Mais reformas devem ser realizadas na luta contra a corrupção e o branqueamento de capitais. Também são precisas mais medidas para a proteção dos direitos das minorias e o controlo da influência política dos oligarcas (privados com grande poder económico).

Os sucessos registaram-se na reforma de órgãos judiciais e na legislação para a proteção da liberdade de imprensa, explicou Olivér Várhelyi, na reunião dos ministros dos Assuntos Europeus, em Estocolmo (Suécia).

"A Ucrânia precisa de construir um historial credível a nível das acusações e condenações judiciais e de assegurar uma luta constante contra a corrupção. Para tal, a Ucrânia deve tomar novas medidas sistémicas, para restabelecer o sistema de declaração de bens e aplicar o programa estatal anticorrupção adotado em matéria de combate ao branqueamento de capitais", referiu Olivér Várhelyi, em conferência de imprensa.

Relatório completo no outono e decisão em dezembro

A Ucrânia obteve o estatuto de candiato há um ano, bem com o a Geórgia e a Moldova. No caso da Geórgia houve aavanços em três de 11 critérios e na Moldova em três de nove critérios. 

Estes países saberão se passam à negociação em dezembro, quando os líderes da UE analisarem as condições para o alargamento, depois de receberem, no outono, um relatório detalhado sobre todos os candidatos (incluindo os da região dos Balcãs Ocidentais).

Na reunião de ministros dos Assuntos Europeus - que teve o secretário de Estado Tiago Antunes como represente de Portugal -, também analisaram o impacto que o alargamento terá na própria União, ao nível de três áreas:

  • Centrando-nos nos domínios políticos que provavelmente serão mais afetados pelo alargamento, há mudanças específicas que são necessárias para responder aos desafios futuros?
  • Quais são as implicações necessárias para a distribuição do orçamento para o tornar apto a fazer face aos mais importantes desafios futuros?
  • Há alterações institucionais que devem ser efetuadas para que a União funcione e tome decisões de forma eficaz num novo ambiente geopolítico?
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