Os resultados das legislativas em Espanha tornam difícil a formação de um governo, uma vez que nem o bloco de direita, nem o de esquerda conseguiram a maioria absoluta.
O PP venceu as eleições ao conseguir 136 deputados, seguido do PSOE com 122. O Vox ficou em terceiro lugar com 33 lugares e o Sumar em quarto com 31 lugares. O bloco da direita fica na frente com 169 lugares contra 153 da esquerda, ou seja, uma diferença de 16 deputados. No entanto, nenhum tem o número de deputados necessário (176) para obter a maioria absoluta.
Há vários cenários possíveis de governação, perante este resultado provisório:
- coligação do PP com o Vox, uma vez que têm, para já, 169 deputados.
- coligação PSOE com o Sumar, que têm, para já, 153 deputados.
- coligação do PSOE com o Sumar, ERC, EAJ-PNV, EH Bildu e BNG, que têm, para já 172 deputados.
Participação de 69%, quase 3% a mais do que em 2019
Segundo dados do ministério do Interior espanhol, as eleições legislativas deste domingo tiveram uma participação de 69,09%, mais 2,86% em relação ao ato eleitoral de 2019.
Estas são as XVI eleições gerais em Espanha desde o fim da ditadura, em 1977, e estão chamados a votar 37.469.142 eleitores, para escolherem 350 deputados e 208 senadores.
As eleições estavam previstas para dezembro, no final da legislatura, mas foram antecipadas por Sánchez na sequência da derrota da esquerda nas municipais e regionais de 28 de maio.
Quatro partidos apresentaram listas de âmbito nacional e têm pretensão de chegar ao Governo: Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Partido Popular (PP, direita), Somar (extrema-esquerda) e VOX (extrema-direita).