Os resultados das últimas legislativas deixaram o país num reino de incertezas, depois de nenhum dos partidos mais votados este domingo ter chegado à maioria absoluta.
Alberto Feijoó está à procura de aliados para formar o próximo governo de Espanha. O seu Partido Popular(PP) conquistou o maior número de assentos parlamentares, com 136 deputados eleitos, mas precisa maior representatividade parlamentar para governar.
Com praticamente apenas o Vox disponível, à direita, o líder do centro-direita espanhol afirma que irá "explorar todas as formas" para chegar a um executivo.
Também Pedro Sánchez descarta um regresso às urnas para resolver o impasse político do país, tendo já defendido que "a democracia pode encontrar uma fórmula de governo".
O ainda primeiro-ministro garantiu ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) a eleição de 122 deputados, um resultado superior aos das anteriores legislativas e muito além do previsto pelas sondagens, mas que ainda assim obriga os socialistas espanhois a depender de outros partidos para constituir governo.
Sánchez já teve a luz verde da coligação de esquerda SUMAR. O mais difícil será mesmo obter a adesão do Junts.
Carles Puigdemont, líder do partido independentista "Juntos pela Catalunha", vive exilado na Bélgica desde que a região falhou um referendo à independência, em 2017. As exigências de um indulto e de um novo referendo têm sido apontadas como linhas vermelhas a um possível entendimento entre as duas forças políticas.
O novo parlamento de Espanha vai reunir-se dentro de um mês. Dita o protocolo que o Rei Felipe VI deverá então convidar um dos líderes partidários a formar governo.