Oposição russa visita Parlamento Europeu e diz que "não vai desistir"

Mmebros da oposição russa que visitaram Bruxelas chamaram "criminoso" ao presidente Vladimir Putin
Mmebros da oposição russa que visitaram Bruxelas chamaram "criminoso" ao presidente Vladimir Putin Direitos de autor Sergei Bobylev/Sputnik
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De  Vincenzo Genovese
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O movimento de oposição ao presidente russo, Vladimir Putin, está determinado a continuar a sua luta, após a morte na prisão de Alexei Navalny. Três das suas figuras mais proeminentes foram convidadas pelo Parlamento Europeu e estiveram, quinta-feira, em Bruxelas, para deixar alguns apelos.

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"Estamos prontos para continuar a fazer o que fazemos? Não vamos parar! Seria a vitória de Putin se interrompermos a nossa atividade por questões de segurança pessoal. Portanto, não lhe vamos entregar essa vitória", disse Vladimir Milov, vice-presidente da Fundação Rússia Livre e ex vice-ministro da Energia da Rússia.

Embora as sanções da União Europeia (UE) contra setores económicos da Rússia sejam consideráveis, o opositor defende mais sanções contra indivíduos, nomedamente as mais poderosos junto do presidente Putin.

“Precisamos de enviar uma mensagem de responsabilidade a todos os cúmplices dos crimes de Putin. E penso que este é o momento de responder ao apelo de Navalny e introduzir sanções abrangentes contra todos os indivíduos envolvidos nos crimes do regime de Putin", acrecsentou.

"Criminoso procurado pela justiça"

Outro pedido que fizeram à UE é o não reconhecimento do resultado das eleições presidenciais russas, que decorrerão de 15 a 17 de março. 

Vladimir Putin é um usurpador, um assassino, um ladrão e um assassino em massa, face a todos os crimes de guerra cometidos na Ucrânia.
Evgenia Kara-Murza
Opositora russa e esposa de preso político

Os opositores alertam que as alterações feitas à Constituição, em 2020, estão a eternizar Putin no poder e a consolidar o seu regime autocrático.

"É preciso unidade para enfrentar Putin e chamá-lo pelo que ele é: um criminoso procurado pelo TPI, não um parceiro legítimo na cena internacional. Vladimir Putin é um usurpador, um assassino, um ladrão e um assassino em massa, face a todos os crimes de guerra cometidos na Ucrânia. Por isso ele tem de ser levado à justiça", afirmou Evgenia Kara-Murza, diretora de advocacia da mesma fundação.

Esta dissidente é esposa de Vladimir Kara-Murza, um preso político, detido em 2022, a cumprir 25 anos de prisao. Mais uma situção com contornos semelhantes à de Alexei Navalny.

“Depois de duas tentativas de assassinato contra o meu marido, não tenho nenhuma e nunca tive qualquer garantia de que eles não tentariam novamente. Tal como Alexei, ele está detido pelas mesmas pessoas que tentaram matá-lo duas vezes", explicou.

A viúva de Aleksei Navalny, Yulia Navalnaya, vai fazer um discurso a 28 de março, durante a sessao plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

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