"Estado da União": A estratégia de defesa e as promessas dos congressos partidários

Campanha para as eleições europeias de 2024 - ' 100 dias antes das eleições
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De  Isabel Marques da Silva
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A política de defesa está a ganhar cada vez mais destaque na União Europeia, com Bruxelas a apresentar propostas concretas. Mas foi também um dos temas abordados durante os congressos dos dois maiores grupos políticos europeus, que ocuparam um lugar de destaque na agenda política desta semana.

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Defesa, segurança, autonomia. Este vocabulário tornou-se quase um mantra nos discursos dos líderes da União Europeia (UE) desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 2022, e esta semana a Comissão Europeia anunciou a sua primeira estratégia industrial de defesa.

Embora expanda as iniciativas existentes para produzir munições e adquirir armas de forma conjunta, não será criado o fundo de 100 mil milhões de euros anteriormente prometido.

Mas é um primeiro passo que já não pode ser adiado, disse o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell: "Infelizmente, a paz já não é um dado adquirido. A guerra está nas nossas fronteiras e a guerra de agressão da Rússia trouxe um grande sentido de urgência para reforçar as nossas capacidades de defesa industrial".

As grandes promessas durante os grandes congressos

Um dos líderes mais susceptíveis de continuar a falar sobre este assunto é a presidente da Comissão Europeia, que colocará a defesa no topo da sua mensagem na campanha para as eleições. Ursula von der Leyen foi escolhida pelo Partido Popular Europeu como cabeça de lista, no congresso do partido, em Bucareste.

Um dos seus adversários é um dos seus subordinados, o comissário para o Emprego e os Direitos Sociais, Nicholas Schmit. Este foi escolhido num congresso do Partido dos Socialistas Europeusc em Roma, alguns dias antes.

Ambos fizeram promessas baseadas nos seus manifestos eleitorais, nos quais questões como as alterações climáticas, a inclusão económica e a luta contra o populismo ocupam um lugar de destaque.

Para discutir as estratégias dos dois principais partidos até eleições de junho, a euronews falou com Teona Lavrelashvili, analista da KU Leuven, numa entrevista conduzida por Sandor Zsiros.

Lavrelashvili explica como é que os candidatos devem passar a mensagem contida nos seus manifestos: "Não é que devam dar uma solução simples para problemas complexos, mas devem pelo menos ouvir de forma a que os eleitores e o eleitorado sintam que as suas preocupações estão a ser tidas em conta. E essas preocupações estão a aumentar".

"Estamos a falar do aumento do custo de vida, da migração, que também está a tornar-se um problema em quase todos os EstadosmMembros da UE. Os problemas existem, mas tenho as minhas dúvidas sobre até que ponto será adoptada uma estratégia de comunicação muito concreta a este respeito", acrescentou.

(Veja a entrevista na íntegra em vídeo)

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